5 melhores investimentos para a escola, segundo as famílias

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Investimento escolar: o que os pais valorizam ao escolher escola

Ao contrário do que você pode imaginar, o custo da mensalidade não é o fator que mais influencia na decisão das famílias por matricular e/ou manter estudantes na sua escola. Confira a relação das questões mais importantes para pais, mães e responsáveis na escolha de sua escola.

“O diferencial da escola é aquilo que ela tem, seus concorrentes não têm e é difícil de copiar”, resume Maurício Berbel, cofundador da Alabama Consultoria Educacional, especializada em instituições de ensino. Maurício, que hoje atua também como diretor administrativo de uma escola particular em São Paulo, falou com a Geekie sobre o investimento escolar e como o gestor pode escolher as prioridades para a instituição.

Durante a conversa, ele aponta quais os investimentos para a escola são mais valorizados pelos pais, mães e responsáveis no momento da matrícula. Os resultados são de uma pesquisa, realizada durante seu mestrado, sobre o comportamento de compra de mais de 2 mil famílias em busca da escola “ideal”.

É muito provável que nenhuma escola invista em cada um dos tópicos abaixo com a mesma intensidade – eles dependem, primeiramente, da missão, valores e metodologia adotadas pela instituição. A orientação de Maurício é que a equipe saiba valorizar seus diferenciais, destacando a escola das demais: “Uma escola grande, por exemplo, pode mostrar à família o espaço, a infraestrutura, os laboratórios, algo que dificilmente as escolas concorrentes vão obter no curto prazo. Enquanto isso, uma escola pequena pode destacar a proximidade com as famílias, o olhar para o desenvolvimento integral de cada aluno que só é possível com um número reduzido de crianças”.

Os melhores investimentos, segundo os pais, as mães e os(as) responsáveis

A pesquisa feita por Maurício derrubou alguns mitos, como o de que a localização e o preço seriam os fatores mais relevantes ao se escolher uma escola. Pelo contrário, dentre seis opções, foram escolhidas com mais frequência a estrutura física, o projeto pedagógico e o atendimento. Marca, localização e custo tiveram menos votos.

Investimento escolar em: Infraestrutura

O espaço físico é a primeira impressão que famílias e estudantes terão da escola. Por isso, é essencial que os ambientes sejam seguros, limpos e favoráveis à aprendizagem. O número de alunos e alunas por sala, por exemplo, é um fator influenciador  – de acordo com a Secretaria de Estado da Educação (Seed), o ideal é ter, no máximo, 30 alunos por sala nos anos finais do Ensino Fundamental e até 40 no Ensino Médio.

Espaços diferenciados, como biblioteca, laboratórios de ciências ou informática, quadras ou ginásio de esportes também contam pontos; sempre considerando, porém, a periodicidade com que são utilizados! Nada de investimento decorativo, deve-se garantir que os ambientes são aproveitados para potencializar o processo de ensino-aprendizagem e a socialização dos alunos e das alunas. O mesmo vale para o segundo ponto:

Investimento escolar em: Tecnologia

A maioria dos pais enxerga a tecnologia como uma linguagem do século 21, à qual seus filhos devem ser expostos desde cedo. Plataformas de educação personalizada como o Geekie One, são algumas das opções tecnológicas que valorizam a aprendizagem. Ela é uma solução completa que alia conteúdo hiperatualizado a tecnologia de ponta integrada à prática pedagógica e consultoria parceira na jornada de cada escola.

Por ser digital, o Geekie One fornece informações detalhadas sobre o rendimento de cada aluno e aluna aos professores e às professoras para colaborar com aulas mais focadas nas dificuldades de cada discente. Além disso, o Geekie One também conta com o Plano de Estudos Personalizados, uma ferramenta que recomenda conteúdos e exercícios para estudantes do Ensino Fundamental (anos finais) e Médio reforçarem seus aprendizados, irem além nos estudos e se prepararem, no caso dos mais velhos(as), para o Enem e os principais vestibulares do país.

Outras iniciativas, como aulas de programação, robótica, uso de redes sociais com fins educativos e a gamificação (inserção de jogos online, ou games, em sala de aula) também valorizam a escola.

Invista em tecnologia educacional que se adeque à proposta da escola e, acima de tudo, que priorize a segurança dos alunos e das alunas – ou seja, um nível de integração mais avançado implica que, além de usar ferramentas gratuitas e abertas, a escola passe para plataformas de compartilhamento de conteúdo fechadas, exclusivas para seus estudantes.

Além da tecnologia educacional, a tecnologia como aliada da gestão escolar pode fortalecer a ponte entre escola e família. São aplicativos de comunicação entre pais e professores ou pais e gestores, através dos quais é possível agendar reuniões, avisar sobre eventos ou disponibilizar notas e tarefas de casa dos filhos.

Conheça: Como o SESI/SC obteve mais visibilidade do desenvolvimento de estudantes com os relatórios do Geekie One

Investimento escolar em: Projeto Pedagógico

O projeto da escola precisa ser claro para que a família consiga decidir se ele se encaixa, ou não, no que procura. Ele representa a filosofia da escola, o olhar que ela tem em direção aos alunos, como aborda os conteúdos exigidos pelo currículo e até as formas de avaliação aplicadas.

Isso pode ser definido a partir de algumas perguntas cuidadosas:

  1. Qual o objetivo da sua escola?
  2. Como é a aprovação nos vestibulares?
  3. Há uma boa posição nos exames nacionais?
  4. A escola preparar alunos para o mercado de trabalho?
  5. Desenvolve habilidades socioemocionais?

Não é necessário escolher uma única meta, mas elas devem ser priorizadas – e essa priorização irá se relfetir no trabalho da equipe.

Portanto, invista em reuniões frequentes com a equipe, em que se analise se o projeto pedagógico da escola está sendo bem executado e se faça a manutenção das práticas pedagógicas de acordo com o documento.

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Investimento escolar em: Formação de professores e professoras

Bons exemplos da educação mundial, como a Finlândia e a Coréia do Sul, têm em comum o investimento escolar no trabalho do professor e da professora. Isso não abrange somente o salário adequado (mas o inclui), como também a formação continuada para que o(a) profissional seja apto(a) a ensinar as competências do século 21: cursos de extensão e especialização, palestras e workshops, eventos culturais.

Prepare os educadores e as educadoras e lhes dê motivos para permanecer na escola. A criação de vínculos e a adaptação à rotina da instituição aumentam a qualidade do trabalho; assim como ter apenas um emprego, ao invés de dividir o tempo entre duas ou mais escolas. Além disso, a grande rotatividade de professores(as) pode ser um mau indício para os pais, mães e responsáveis.

O próprio comportamento da equipe deve ser alvo de um olhar cuidadoso. De acordo com a pesquisa realizada por Maurício, o principal motivo para que famílias tirem seus filhos e suas filhas de uma escola é o atendimento pedagógico. Como funcionários devem lidar com problemas de comportamento, brigas entre alunos(as) ou desentendimentos entre turma e docente? Ser capacitado para conduzir situações delicadas faz parte do pacote.

Investimento escolar em: Marketing

Apesar de esse não ser citado pelas famílias, este ponto está implícito na jornada de pesquisa até a matrícula na escola escolhida. Maurício lista os fatores de influência de maior peso na hora da escolha: a indicação, a fachada, o site da escola. Em 8ª posição, estão as redes sociais. Em 11ª, anúncios em rádio e TV.

Fica claro que manter famílias e estudantes satisfeitos é a melhor política de aquisição de novas matrículas. O que não é o mesmo que dizer que a comunicação e o marketing não possam impulsionar as vendas e fortalecer o nome da escola.

Ao invés de peças publicitárias, a tendência no marketing (e possível foco do investimento escolar) é oferecer conteúdo relevante para o público-alvo, construindo relacionamento com possíveis clientes e, ao longo do processo, filtrando aqueles que mais se assemelham ao perfil procurado.

Essa é uma possibilidade de expansão para o site da escola: um blog que mostre um pouco da rotina da escola, artigos dos educadores sobre as metodologias empregadas e até conteúdos diferenciados para download. Lembre-se de tornar o site fácil para o(a) usuário(a), com caminhos claros a seguir, para que ele não desista no meio do caminho. As informações procuradas devem ser fáceis de se encontrar! Depois que tiver o e-mail do(a) interessado(a), prossiga com um relacionamento mais próximo, que o faça ter interesse em visitar a instituição.

Nas redes sociais, “é preciso saber com quem se está falando”, aconselha Laís Rocha, gerente de Comunicação e Marketing da Geekie. “Muitas vezes, a escola tem uma página no Facebook em que, ao mesmo tempo, fala para o aluno levar um material no dia seguinte e avisa os pais sobre uma reunião. Isso é prejudicial porque não se ajusta a linguagem de acordo com o público. Assim, nem o aluno se identifica, nem a família se sente contemplada pela comunicação”.

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Este texto foi originalmente publicado em 21 de junho de 2016 e atualizado em 10 de setembro de 2020.

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