A procura por cursos de capacitação online cresceu 425% durante a pandemia. No Brasil, não foi diferente e essa é uma possibilidade para docentes complementarem sua formação e desenvolver novas competências relacionadas ao universo digital. Confira análise e dicas do Sergio Agudo, diretor de negócios da Udemy para a América Latina e convidado do InfoGeekie para este artigo
No Brasil, desde o início, a pandemia e a necessidade de distanciamento social têm virado de cabeça para baixo as vidas pessoais e profissionais de muitos de nós.
Mas, já há algum tempo, estamos aprendendo a nos adaptar à nova realidade. Muitas das pessoas estão se conectando mais com colegas, amigos(as) e familiares por meio de ferramentas de videoconferência e fazendo mais compras de supermercado e farmácia por aplicativos, por exemplo. Não que vários de nós já não fizéssemos essas coisas antes, porém agora estamos fazendo mais – e por necessidade.
O mesmo está acontecendo com a educação on-line para desenvolvimento pessoal e profissional. Houve um aumento significativo no número de pessoas que aprendem dessa forma, apesar de ela já ser uma tendência no Brasil e no mundo mesmo antes da pandemia.
Procura por qualificação cresceu 425% na pandemia
A Udemy lançou recentemente um relatório sobre o assunto. A plataforma analisou os próprios dados nos dois primeiros meses da pandemia, março e abril, ao redor do mundo – e descobriu que o número de matrículas de alunos e alunas em cursos da plataforma cresceu 425% no período, enquanto o número de cursos criados aumentou 55%.
Ou seja, muitas pessoas estão aproveitando este momento em que estamos em casa (o tempo que gastaríamos no transporte de casa para o trabalho e vice-versa, por exemplo) para aprender e melhorar algumas competências.
Alguns dos temas que mais cresceram em quantidade de matrículas foram desenho técnico (aumento de 920%), arte para crianças (mais 531%) e programação para crianças (mais 375%). Isso considerando todos os países em que a empresa atua.
No Brasil, as três categorias que mais cresceram foram marketing para Instagram (mais 103%), edição de vídeos (mais 102%) e desenho (mais 84%). No geral, o número de matrículas de alunos(as) em cursos da Udemy no país cresceu 95% nos dois meses – ou seja, quase dobrou.
Esses dados nos mostram algumas tendências, como a do aprendizado de competências relacionadas ao universo digital no Brasil. Um dos motivos para isso pode ser que muitos negócios e profissões precisaram migrar para a internet de uma hora para a outra. E quem trabalha como professor dos ensinos fundamental e médio está incluído nesse grupo, porque agora também precisa saber conduzir o processo de ensino e aprendizagem de maneira remota.
Formação docente em cursos on-line
Desde antes da pandemia, docentes da educação básica são alguns dos profissionais que mais podem se beneficiar da formação ao longo da vida, por meio de cursos on-line, por exemplo – de modo a estarem sempre atualizados para ensinar seus alunos e suas alunas, no que diz respeito ao conteúdo e também às metodologias de ensino.
Atualmente, os cursos online ganharam uma atratividade extra para esses profissionais – inclusive para aprender como dar aulas online e manter estudantes engajados(as) nesse formato, que tem uma dinâmica diferente da das salas de aula. Não é sem motivo que a educação online é um dos tópicos mais procurados na Udemy desde a sua chegada ao Brasil, em 2015.
Por meio dos cursos on-line, os educadores podem também aprender habilidades técnicas, como PowerPoint, Excel e análise de dados, além de competências relacionadas a teletrabalho e softwares de videoconferência, entre outros temas.
A seguir, separei alguns tipos de cursos da Udemy que podem interessar a esses profissionais, nos tópicos citados e também em outros. Cada uma dessas sugestões pode ajudá-los a continuar a fazer o que já fazem com excelência: ensinar.
Bons estudos!
Este artigo foi escrito para o InfoGeekie por Sergio Agudo, diretor de negócios da Udemy para a América Latina. Desde 2015, ele desenvolve o mercado brasileiro para a empresa – tendo começado na sede, em São Francisco, nos Estados Unidos, e passado para o escritório de São Paulo em 2018. Antes disso, ocupou cargos de liderança nas instituições financeiras Visa e American Express e em startups no Vale do Silício. É administrador formado pela EAESP-FGV e tem MBA pela Thunderbird School of Global Management, em Phoenix, nos Estados Unidos.
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