5 motivos que levam a evasão de alunos

De acordo com análises do Observatório de Educação, Ensino Médio e Gestão, os índices relacionados ao abandono escolar seguiam uma tendência de queda até o ano de 2019 quando, com a pandemia de covid-19, os números voltaram a subir. Agora, desde 2023, o índice está em queda novamente, tanto para os anos finais do ensino fundamental quanto para o ensino médio.

O dado é positivo porque mostra que os estudantes têm evadido menos das escolas em relação à situação pré-pandemia. No entanto, a evasão de alunos ainda é um desafio persistente que impacta diretamente a qualidade da educação, o desempenho das instituições e o futuro de milhares de estudantes. 

Mais do que números, cada aluno que deixa a escola representa uma história interrompida e um projeto de vida comprometido. Por isso, entender as causas da evasão de alunos é essencial para desenvolver estratégias eficazes de permanência e engajamento.

A evasão dos alunos acontece mais no ensino médio. O cruzamento de dados feito pelo Observatório apontou, pelos indicadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que os maiores percentuais de abandono da escola se deram, em 2023, nas faixas a partir dos 16 anos de idade.

Segundo a avaliação, ainda que exista abandono precoce na idade do ensino fundamental, é no começo do ensino médio, quando os estudantes estão com 15 anos, que as taxas de abandono realmente sobem.

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Embora muitas vezes sejam usados como sinônimos, os termos evasão de alunos e abandono escolar possuem significados distintos.

O abandono se refere à interrupção temporária dos estudos. Ou seja, o aluno deixa de frequentar a escola, mas ainda mantém algum vínculo com a instituição, mesmo que esteja inativo no momento. 

Ele pode, por exemplo, ter parado de ir às aulas no meio do ano letivo, mas sem ter oficializado sua saída. Esse estudante ainda pode retornar à mesma escola ou ser reintegrado ao sistema educacional.

É comum que o abandono esteja ligado a situações pontuais, como doenças, problemas familiares ou mudanças de cidade. Quando essas situações se resolvem, o estudante retorna.

Já a evasão de alunos representa uma ruptura definitiva com a escola. O estudante deixa de frequentar as aulas e não retorna nem é matriculado nos anos seguintes. Muitas vezes, esse processo se dá de forma silenciosa, gradual, e pode até passar despercebido pela instituição.

A evasão de alunos pode ser resultado de um abandono que não foi revertido, mas também está relacionada a causas estruturais mais profundas, como desmotivação crônica, repetência sucessiva, baixa autoestima, condições socioeconômicas ou sensação de exclusão dentro do ambiente escolar.

Entender essa diferença entre abandono e evasão de alunos ajuda as escolas a adotarem intervenções em tempo hábil. O abandono, quando identificado cedo, pode ser revertido com ações de busca ativa, escuta e apoio. Já a evasão exige estratégias de acompanhamento e prevenção.

Um dos motivos mais recorrentes da evasão de alunos, especialmente no ensino médio, são os problemas financeiros enfrentados pelas famílias.

Em alguns casos, as mensalidades deixam de caber no orçamento familiar. Muitos alunos também podem precisar trabalhar e acabam abandonando os estudos por não conseguirem conciliar as duas atividades. 

Oferecer opções de renegociação de dívidas, além de criar políticas de bolsas integrais ou parciais, pode ajudar as famílias e evitar a evasão de alunos.

Voltar a atenção para às temáticas de educação financeira e orientação familiar também faz a diferença. Nesse sentido, a escola pode promover rodas de conversa e oficinas sobre organização financeira, reforçando para a família a importância de priorizar a continuidade dos estudos.

Em muitos casos, a evasão de alunos se deve ao distanciamento entre o currículo tradicional e a realidade dos estudantes. Quando isso acontece, os estudantes se afastam da escola porque não se sentem motivados ou interessados. 

Se os conteúdos não fazem sentido ou não parecem úteis para a vida prática, a evasão de alunos se torna mais provável.

Ao contrário das causas externas, em que a escola pode apenas ajudar, aqui o controle é todo da instituição. As soluções passam por mudanças na cultura da escola em relação às práticas pedagógicas. 

Adotar o uso de metodologias ativas aumenta o engajamento e coloca o aluno como protagonista do processo de aprendizagem. Não faltam opções de práticas nesse sentido: sala de aula invertida, gamificação, aprendizagem colaborativa, estudos de caso, realidade aumentada e muito mais.

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Aproximar a teoria da prática também significa trazer os alunos para mais perto. Por isso, é fundamental conectar os conteúdos escolares com temas atuais, problemas sociais e vivências dos próprios estudantes, tornando o aprendizado mais relevante.

O ensino personalizado [link para texto Ensino Personalizado] é outra estratégia em que explorar os interesses individuais dos estudantes torna o conteúdo mais atrativo. Para isso, é necessário conhecer o perfil desses alunos e personalizar as abordagens, respeitando seus ritmos e estilos de aprendizagem, para evitar que eles se sintam desmotivados.

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A saúde mental dos estudantes é um fator determinante para o sucesso escolar. Questões como ansiedade, depressão, bullying, baixa autoestima ou problemas familiares afetam diretamente o rendimento e o vínculo com a escola. 

Quando essas questões não são acolhidas, os jovens tendem a se afastar cada vez mais e o resultado é a evasão de alunos. 

Somente um ambiente escolar acolhedor e seguro pode evitar a evasão de alunos. Por isso, promover uma cultura baseada no respeito, na escuta e na empatia é essencial para o bem-estar dos estudantes.

Para acompanhar os alunos de forma mais completa, conte com a atuação de uma equipe multiprofissional composta por psicólogos escolares, orientadores educacionais e assistentes sociais.

Além disso, ações de escuta ativa e prevenção devem ser valorizadas e fazer parte do calendário escolar. Desenvolva estratégias que fortaleçam o vínculo do aluno com a escola, como projetos de saúde mental, rodas de conversa, tutoria entre pares e campanhas de combate ao bullying.

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A evasão de alunos muitas vezes é consequência de um ciclo que começa com a dificuldade de aprender. 

Quando o estudante acumula lacunas de conhecimento, tem vergonha de pedir ajuda, se sente inferior aos colegas e passa a se ver como incapaz. Por isso, é comum que o sentimento de fracasso escolar leve à evasão de alunos.

Realizar avaliações diagnósticas regulares permite identificar as dificuldades dos alunos e intervir de forma rápida e eficaz. Invista no acompanhamento contínuo e personalizado.

Reforço escolar por meio de plantões de dúvidas, monitorias, mentorias entre alunos e planos de estudos personalizados ajuda a recuperar o conteúdo perdido.

O material didático inteligente Geekie One conta com plataformas adaptativas que ajudam o aluno a avançar no seu próprio ritmo, aumentando a autonomia e reduzindo a frustração com o aprendizado.

Por fim, outro fator relevante para a evasão de alunos é a ausência de um sentimento de pertencimento. Estudantes que não se sentem parte da escola, que não têm voz nas decisões e que não percebem acolhimento por parte dos colegas e professores tendem a se desligar mais facilmente.

A pandemia da covid-19 tem um grande impacto na evasão de alunos nos últimos anos. O longo período de afastamento afastou os estudantes das instituições, enfraquecendo suas conexões com a educação.

É preciso promover a participação estudantil. Criar grêmios, clubes, assembleias de turma e momentos em que os alunos possam opinar sobre o cotidiano escolar fortalece o senso de pertencimento.

A valorização da cultura local e da identidade dos estudantes, por meio de projetos que celebrem a diversidade, a história da comunidade e as expressões culturais dos alunos fortalece os laços entre escola e comunidade.

Fortalecer a relação com as famílias deve ser uma prioridade. Manter canais de comunicação abertos e ativos com os responsáveis ajuda a criar uma rede de apoio em torno do aluno.

A evasão de alunos é um fenômeno multifatorial e, por isso, exige uma abordagem integrada. Mais do que olhar apenas para o comportamento do estudante, é preciso compreender o contexto em que ele está inserido e quais são as barreiras que o impedem de permanecer na escola.

A Geekie entende que a gestão escolar tem um papel central nesse processo e, por isso, está ao seu lado. Conte conosco para a inovação pedagógica que a sua escola precisa!
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