A aprendizagem colaborativa é uma metodologia de ensino baseada na interação, participação ativa e colaboração. Para promover o desenvolvimento cognitivo e socioemocional, essa técnica destaca o engajamento e a troca de experiências entre os envolvidos.
Na prática, a aprendizagem colaborativa significa uma abordagem educacional em que os alunos trabalham juntos, com o objetivo de construir o conhecimento de forma coletiva. Diferente de um simples trabalho em grupo, o sucesso de um depende do sucesso do outro.
Isso quer dizer que há uma interdependência positiva, além da necessidade de interação constante e reflexão conjunta. No processo de aprendizagem colaborativa, o professor se torna um mediador do processo, e não apenas um transmissor de conteúdo.
Conceito e estilos de aprendizagem
Aprendizagem é o processo de adquirir ou modificar conhecimentos, habilidades, atitudes ou valores. É o desenvolvimento que se dá a partir da experiência, do estudo ou do ensino.
A depender da abordagem teórica e do contexto em que ocorre, a aprendizagem pode acontecer de diversas formas. Por isso, existem diferentes tipos ou estilos de aprendizagem: individual, significativa, mecânica, cooperativa, colaborativa, baseada em problemas, dentre outros.
Aprendizagem colaborativa na história
A aprendizagem colaborativa se difere da aprendizagem cooperativa por não se estabelecer a partir de uma divisão rígida de tarefas. No entanto, as duas se baseiam na construção conjunta do conhecimento.
Estudos mostram que essa ideia de aprender de forma coletiva não é nova, pois já estava presente na Grécia antiga. Já a sistematização dessa prática como método pedagógico surgiu ao longo do século 20.
Durante as décadas de 1960 e 1980, se sobressaíram experiências de educadores e psicólogos com métodos de ensino que envolviam trabalho em grupo, resolução de problemas em conjunto e diálogo entre estudantes.
Algumas tendências pedagógicas e bases teóricas foram difundidas no contexto escolar desde então. Assim, teorias socioconstrutivistas e de pesquisas em psicologia educacional lançaram as bases para a aprendizagem colaborativa: o Movimento da Escola Nova, as Teorias da Epistemologia Genética de Piaget e a Pedagogia Progressista.
Outras referências teóricas para a aprendizagem colaborativa incluem Lev Vygotsky, com a Teoria Sociocultural e Zona de Desenvolvimento Proximal; John Dewey, com a educação pela experiência e democracia na escola e Pierre Lévy, com os estudos sobre inteligência coletiva e aprendizado em rede.
Como a tecnologia impacta na aprendizagem colaborativa
Com o passar do tempo, a expansão da internet e das tecnologias educacionais favoreceram o trabalho colaborativo à distância. Surgiram, por exemplo, os ambientes virtuais de aprendizagem (AVA) e plataformas como Moodle, Google Docs e fóruns on-line, que permitem que estudantes colaborem mesmo sem estarem fisicamente juntos.
Nos últimos anos, a aprendizagem colaborativa se fortaleceu no ensino superior, na educação básica e na formação corporativa. Nesses contextos, o foco é na aprendizagem ativa e no desenvolvimento de competências socioemocionais.
Ferramentas que contribuem para a aprendizagem colaborativa
Entre as metodologias que podem ser aliadas da aprendizagem colaborativa estão a sala de aula invertida e a gamificação. Nos dois casos, os alunos se transformam em protagonistas do aprendizado, o que repercute em uma cultura de colaboração e compartilhamento.
Sala de aula invertida: também conhecida como flipped classroom. Nessa metodologia, o aluno estuda o conteúdo teórico em casa, por meio de vídeos, textos ou podcasts, e o tempo em sala é tem foco na vivência da temática em grupo, com atividades práticas, debates, projetos e resolução de problemas coletivamente.
Cada aluno precisa chegar preparado para colaborar, o que incentiva a responsabilidade individual e coletiva. Isso porque o tempo presencial é voltado para a interação entre os estudantes, com debates e atividades em grupo.
As interações são mais horizontais, já que o professor assume o papel de mediador e os alunos são estimulados a explicar uns aos outros.
Na prática: após assistir a uma videoaula em casa, os alunos vão para a sala de aula resolver um estudo de caso em grupo, discutindo entre si os argumentos e as soluções.
Gamificação: aplicação de elementos de jogos (pontuação, desafios, níveis, recompensas, narrativas) em contextos educacionais para tornar o aprendizado mais motivador e engajador.
Com desafios que só podem ser vencidos em equipe, o objetivo é promover a cooperação em vez de competição. O contexto contribui para o desenvolvimento de habilidades socioemocionais, como empatia, comunicação e liderança.
Já a construção de conhecimento vai se estabelecendo a partir da experimentação e da troca, em um processo somativo e que oferece feedback imediato.
Na prática: grupos devem “resolver missões” relacionadas à determinada temática e cada integrante contribui com uma habilidade diferente, pois o grupo só avança se todos cumprirem suas partes.
Aprendizagem colaborativa na sala de aula
Diversas atividades podem ser pensadas e adaptadas para a utilização da aprendizagem colaborativa. Discussões, debates, projetos em grupo e resolução de problemas são as mais comuns.
A aprendizagem colaborativa começa com a formação dos grupos, que geralmente são compostos por três a seis pessoas. A ideia é reunir alunos com perfis e habilidades diferentes, criando um ambiente rico em trocas de experiências e perspectivas.
Em seguida, o grupo precisa de um objetivo comum, como resolver um problema, desenvolver um projeto ou responder a uma pergunta desafiadora. A distribuição de responsabilidades ocorre de forma natural e flexível, de modo que todos participem ativamente.
O professor orienta as atividades, promovendo o diálogo e ajudando na resolução de conflitos ou dúvidas. Ao final, é importante realizar uma reflexão coletiva, para discutir o que foi aprendido, o que funcionou bem e o que pode ser melhorado.
Por que usar a aprendizagem colaborativa?
Na aprendizagem colaborativa, a diversidade dos grupos favorece o aprendizado coletivo, pois permite que cada integrante contribua de maneira única. Todo o processo se baseia na interatividade e no engajamento dos envolvidos.
Embora cada membro possa se concentrar em tarefas nas quais tenha mais afinidade, o foco está no objetivo comum: a construção conjunta do conhecimento. Assim, a interdependência e a colaboração são constantes.
Por fim, refletir juntos sobre o resultado e o processo que os levou às soluções ajuda os alunos a desenvolverem consciência sobre sua própria aprendizagem e a aprimorarem a cooperação em futuras experiências.
Assim, além da construção coletiva do conhecimento, a aprendizagem colaborativa contribui para desenvolver habilidades importantes como cooperação, flexibilidade, tomada de decisão e solução de problemas.
Aprendizagem colaborativa e Geekie One
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