A edição 2024 do Censo Escolar apontou que, com mais de 9 milhões e 500 mil estudantes, o número de matrículas em escolas privadas bateu recorde no último ano. Porém, a retenção de alunos, ou seja, manter os estudantes na escola, é um dos maiores desafios da educação brasileira.
Isso se expressa nos altos índices de evasão escolar, principalmente no ensino médio. É nesse contexto que o papel do gestor escolar vai muito além da burocracia e da coordenação pedagógica e inclui também estratégias voltadas para a retenção de alunos.
A gestão escolar é responsável pela construção de um ambiente acolhedor, inclusivo e motivador para que os estudantes permaneçam e concluam sua trajetória escolar. Por isso, o papel do gestor escolar dialoga com a articulação de pessoas, ações e políticas voltadas ao bem-estar e permanência na instituição de ensino.
Tornar a experiência de ensino e aprendizagem cada vez mais atrativa para a retenção de alunos também está entre as preocupações da gestão escolar. Nesse sentido, compreender as causas da evasão é o primeiro passo para desenvolver estratégias eficazes que ajudem a enfrentá-la.
Principais desafios para a retenção de alunos
Afinal, por que os estudantes saem da escola? Para pensar em soluções, é fundamental entender os motivos que levam tantos jovens a abandonar os estudos. As causas são múltiplas, complexas e, muitas vezes, estão até interligadas.
Um motivo frequente que impacta na retenção de alunos está relacionado ao próprio processo de aprendizagem. Estudantes que acumulam dificuldades ao longo dos anos, e não contam com o devido acompanhamento, tendem a se sentir desmotivados e deslocados.
Por outro lado, quando o conteúdo parece inalcançável ou pouco conectado com a realidade do estudante, o vínculo com a escola enfraquece. Nesse cenário, a falta de apoio pedagógico individualizado também contribui para o aumento da defasagem.
Além disso, a escola é um espaço de convivência entre diferentes opiniões, crenças e valores, logo, está sujeita a conflitos. Casos de bullying, discriminação, violência psicológica ou mesmo a ausência de vínculos afetivos podem levar ao afastamento emocional do aluno em relação ao ambiente escolar.
Nesse contexto, questões de saúde mental, como ansiedade, depressão e baixa autoestima, têm se tornado desafios cada vez maiores para a retenção de alunos, especialmente entre adolescentes. A pandemia de Covid-19 agravou esse cenário, tornando mais evidente a necessidade de cuidado com o bem-estar emocional dos estudantes.
Por fim, uma das causas mais silenciosas e, ao mesmo tempo, mais difíceis de enfrentar é a sensação de que a escola não faz sentido. Quando o currículo parece distante da vida real, quando o estudante não se vê representado nas práticas pedagógicas ou sente que sua presença não faz diferença, a escola perde sua relevância.
Essa desconexão pode ser agravada por metodologias engessadas, pela ausência de escuta ativa e pela falta de projetos que valorizem os sonhos e as vozes dos estudantes. Por isso, o papel do gestor escolar é fundamental para perceber essas situações e intervir, antes que o aluno se afaste da escola.
Como o gestor escolar deve lidar com a retenção de alunos
Não há como enfrentar a evasão sem dados. O gestor precisa, junto à equipe pedagógica, antes de tudo, mapear os índices de evasão e abandono da escola nos últimos anos. Quem são os estudantes que estão saindo? De que série? Quais são os relatos que justificam a saída?
Esse diagnóstico é essencial para entender o contexto e traçar ações específicas. Em muitos casos, uma conversa com a família ou com o próprio aluno pode revelar causas que passam despercebidas nas planilhas.
É importante destacar que estudantes permanecem onde se sentem acolhidos. Isso vale para todas as faixas etárias, mas especialmente para os adolescentes, que estão em uma fase de intensas transformações e questionamentos.
Por isso, é papel do gestor escolar fomentar uma cultura escolar baseada no cuidado, no respeito e na valorização da escuta. Algumas propostas nesse sentido são projetos de tutoria entre alunos, rodas de conversa, atendimento psicológico, mediação de conflitos e outras práticas que promovam o pertencimento.
Além disso, a formação continuada de professores, com atenção para habilidades socioemocionais como empatia, inclusão, diversidade e saúde mental é fundamental para criar um ambiente acolhedor.
Muitas vezes, a escola oferece um ensino desconectado das realidades e dos interesses dos estudantes. Aqui, a gestão escolar precisa atuar como facilitadora de projetos que integrem os conteúdos escolares com o mundo do trabalho, a cultura, as artes, a tecnologia e os desafios sociais.
Isso é reflexo, sobretudo, do material didático escolhido pela escola e da própria prática pedagógica. Nesse sentido, o principal papel do gestor escolar é estar atento à escolha dos materiais didáticos e ao sistema de ensino que fará parte da sua instituição.
Quem pode ajudar a gestão escolar na retenção de alunos?
A escuta, liderança e capacidade de mobilização do gestor escolar fazem toda a diferença quando o objetivo é garantir que os alunos não apenas entrem, mas permaneçam e se desenvolvam na escola.
Mas, para lidar com o desafio da retenção de alunos, a gestão escolar precisa contar com o suporte pedagógico de um sistema de ensino moderno e conectado às novas questões e tendências da educação. Com o uso consciente e estratégico da tecnologia e materiais hiperatualizados, o ensino se torna atrativo e personalizado, de acordo com as necessidades de cada estudante.
Um material didático inteligente contribui com o papel do gestor escolar. Com as ferramentas Geekie One, é possível conhecer e entender as dificuldades de cada aluno e, assim, visualizar, de forma estratégica, onde implementar novas tecnologias.
Como o ensino personalizado diferencia a sua escola das outras?
A equação é simples: o protagonismo juvenil dá vida ao currículo e mostra que a escola pode ser, sim, um lugar onde se aprende com propósito. A criação desse vínculo com o estudante possibilita o acompanhamento de perto e a intervenção da gestão escolar.
A digitalização na escola é substancial para a personalização e possibilita a implementação de estratégias como o ensino híbrido. Essa modalidade potencializa a autonomia do estudante, além de tornar mais atrativo o contato do jovem com o conteúdo. Conheça mais sobre esse diferencial no e-book exclusivo sobre ensino híbrido da Geekie.
Por falar em autonomia, plataformas de estudos como o Geekie One reúnem todo o material didático em um só lugar, permitindo que os estudantes tenham acesso a aulas em vídeo ou texto e possam fazer e refazer atividades, em seu próprio tempo. Assim, ele pode avançar de acordo com as etapas cumpridas individualmente.
No Geekie One, os estudantes contam também com o Plano de Estudos Personalizado. A partir dos erros e acertos, o sistema irá indicar os melhores conteúdos, de acordo com o planejamento de cada disciplina ou área de conhecimento.
Finalmente, para contribuir com o papel do gestor escolar de acompanhamento dos estudantes, o sistema gera relatórios de desempenho. Esse feedback é essencial para a gestão escolar tomar decisões pedagógicas e reorientar práticas em sala de aula para apoiar a aprendizagem de sua turma.
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