Rotação por estações: quando usar a metodologia ativa em minha aula?

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Com a metodologia rotação por estações, o(a) professor(a) divide a sala de aula em vários “cantos” ou “estações”, cada um preparado para uma experiência diferente de aprendizagem. Veja o passo a passo para aplicar com seus alunos e alunas.    

A metodologia ativa rotação por estações é uma das abordagens inovadoras de ensino e aprendizagem que, quando trabalhada de maneira complementar, torna a aprendizagem mais envolvente, além de promover mais tempo e maior espaço para o desenvolvimento de habilidades do século XXI. 

Nesse modelo, a sala de aula é dividida em vários “cantos” (ou estações), cada um preparado para uma experiência diferente de aprendizagem. Sempre que fizer sentido, o(a) professor(a) realiza atividades diversificadas em sala simultaneamente, de tal forma que cada estação apresente um objetivo de aprendizagem própria. Essa metodologia pode ser utilizada para promover o ensino híbrido; neste caso, ao menos uma das estações deve incluir tecnologia.

Conheça as estações: individual, colaborativa e diretiva

Existem formas bastante distintas de se criar um modelo de rotação por estações. O número de estações, seu formato e a dinâmica da turma por elas pode, e deve, variar muito de acordo com a necessidade e os objetivos de aprendizagem estabelecidos pelo(a) professor(a). O importante é que as estações estejam sempre planejadas de acordo com o objetivo de aprendizagem definido para elas. Buscando passar um modelo um pouquinho mais estruturado, e mais fácil de replicar pelas escolas, nos inspiramos na sugestão de três modelos de estação: individual, diretiva e colaborativa. Essa inspiração vem do programa Read 180, uma iniciativa de apoio no desenvolvimento de habilidades de leitura criado nos EUA.

Aqui, sugerimos pelo menos três estações diferentes: uma estação individual, uma colaborativa e uma diretiva. Vamos conhecê-las? Ah, é importante saber que esse é um modelo e que ele pode ser seguido nos primeiros momentos, mas, caso os(as) professores(as) que dominem o assunto queiram inovar e mudar as características das estações e sua organização, isso é superincentivado.

  1. Estação individual: Parte dos(as) estudantes pode se dedicar ao ensino individual, por exemplo, via plataformas digitais. O uso de artefatos digitais facilita o acesso a uma grande diversidade de materiais e informações, exigindo do(a) estudante o emprego do pensamento crítico para fazer uma curadoria dos dados disponíveis. Além disso, a escolha permite que cada estudante se aproprie de seu aprendizado e, por sua vez, personalize a própria experiência de aprendizagem. Pode ser construída em conjunto com o modelo de sala de aula invertida, sendo realizada pelos(as) estudantes no momento assíncrono e proporcionando o compartilhamento de evidências de aprendizagem no momento síncrono.
  1. Estação colaborativa: Os(as) estudantes podem desenvolver atividades ou projetos em pequenos grupos. Participar de uma experiência de aprendizado compartilhada promove a troca e a discussão de nossos pensamentos, auxiliando no desenvolvimento de ideias e da criatividade de todos(as). Esse recurso nos estimula a considerar as múltiplas perspectivas para uma mesma ideia ou problema, promovendo uma aprendizagem em grupo, de modo que a troca de ideias, as conexões entre os pensamentos e a busca por padrões tornam a nossa aprendizagem visível.
  1. Estação diretiva: Um grupo de alunos(as) pode estar com o(a) professor(a), tirando dúvidas ou recebendo instruções adicionais para desenvolver ainda mais a compreensão. O(a) professor(a) ajuda a mediar o processo de aprendizagem, incentivando os(as) estudantes a construírem suas ideias, fornecerem argumentos e promoverem conexões entre seus próprios pensamentos. A estação diretiva incentiva uma cultura de pensamento, ou seja, uma comunidade de aprendizagem entre o(a) professor(a) e seus(suas) estudantes.

Como a metodologia ativa fornece evidências de aprendizagem?

Para cada uma das estações de aprendizado, o(a) professor(a) elabora atividades distintas e determina evidências para cada uma das estações para a conferência da aprendizagem. Por exemplo, o uso das práticas ativas e/ou rotinas de pensamento nas estações facilita as discussões e/ou direciona o pensamento dos(as) estudantes, permitindo ao(à) professor(a) coletar evidências dos aprendizados que eles(as) estão construindo. 

Para a estação individual, por exemplo, uma dica para evidenciar a aprendizagem dos(as) alunos(as) é o uso de resumos, mapa mental e até mesmo uma rotina de pensamento. Na estação colaborativa, rubricas de avaliação podem apoiar na tarefa.

Quais os benefícios da rotação por estações?

Com a organização e o envio de instruções, os(as) estudantes têm mais oportunidades de desenvolver sua autonomia, seja em momentos de estudo individualizado, seja em momentos colaborativos com seus pares.

Com a metodologia, podemos organizar de forma intencional o tempo de nossas aulas. Quanto tempo vou utilizar para trabalhar determinado objetivo? Como fazer isso?

As estações também nos permitem um melhor uso dos momentos síncronos e assíncronos. Como as estações envolvem tipos de trabalho diferentes, podemos trabalhar interesses e habilidades diferentes com os(as) estudantes, aumentando a probabilidade de engajamento nas aulas. 

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