A tecnologia faz parte da lista de materiais didáticos e tem motivado os(as) estudantes a terem mais prazer em aprender. Usados com intencionalidade, os dispositivos digitais trazem mobilidade e possibilidade de estudo em qualquer lugar. No Brasil, mais de 400 escolas que adotaram o Geekie One já vivem essa realidade.
A demanda por levar inovação para dentro da sala de aula tem inspirado um grupo de escolas brasileiras a repensar a educação. Um dos reflexos desse movimento é a mudança do perfil do material didático. Nas mochilas dos(as) alunos(as) dessas instituições de ensino, a tecnologia passa a ter espaço importante. Como prática educacional e no cenário escolar, o uso de dispositivos digitais – aliado à intencionalidade pedagógica – se tornou um instrumento de inovação educacional.
Mais aceito e menos questionado que os celulares, tablets e notebooks têm se sobressaído como alternativa para unir os recursos digitais à conteúdos didáticos conectados com as demandas do século XXI, sobretudo para educar cidadãos em um contexto no qual a tecnologia avança de maneira exponencial e é difícil prever as profissões que surgirão na próxima década.
No Brasil, mais de 400 escolas brasileiras adotaram o Geekie One. A plataforma lança mão de dispositivos digitais (smartphones, Chromebook e iPads), que passam a contribuir com o aprendizado dentro e fora da sala de aula, explorando o que cada um tem de melhor. Enquanto os Chromebooks, por exemplo, permitem ações efetivas que ajudam a administrar o fator distração em sala de aula, os smartphones – pela mobilidade e por já integrar o cotidiano do estudante – contribuem para que o acesso ao conhecimento possa extrapolar as paredes da escola.
Material digital: mais atraente para estudantes e famílias
Uma das escolas que incluiu tecnologia na lista de material escolar é o Colégio Cristo Rei, que adotou o Geekie One – nova dinâmica pedagógica alternativa aos sistemas de ensino, que integra material didático, tecnologia com intencionalidade pedagógica e consultoria parceira na jornada de inovação de cada escola. Segundo Diego Benício de Albuquerque, coordenador pedagógico, a comunidade escolar recebeu bem a proposta de mudança; pais e professores abraçaram a ideia e ficaram ansiosos para iniciar o uso.
“Com o uso do dispositivo digital, os benefícios são desde o físico – redução do peso das mochilas – ao aumento do interesse nas aulas e na execução de tarefas por parte dos alunos, que estão muito familiarizados com o uso de tecnologias”, avalia o educador.
Segundo Claudio Sassaki, mestre em Educação pela Universidade de Stanford e cofundador da Geekie, a empresa se aliou a escolas que estão prontas para um próximo passo, que compartilham a busca pela formação de um cidadão ativo e engajado.
“A necessidade atual de desenvolver habilidades está ligada ao objetivo de criar oportunidades para que os jovens tenham sucesso no aprendizado, no trabalho e na vida; jovens capazes de não somente enfrentar os desafios do futuro, mas transformá-lo com o exercício pleno da cidadania e os recursos tecnológicos disponíveis. E o uso de dispositivos digitais é parte importante dessa equação”, afirma.
Sassaki defende que a tecnologia deve estar próxima da linguagem do estudante, gerando identificação e motivação. Na prática, a tecnologia não é mais um diferencial para os jovens; diferente é o fato de a escola ser o único lugar onde a tecnologia fica de lado na vida deles. “A escola e a família precisam ensinar os jovens a lidar com as oportunidades, os riscos e os desafios de estarem conectados”, avalia.
Ele também ressalta que a Geekie adota o modelo híbrido, no qual o uso de dispositivos – como computadores, celulares e tablets – preenchem, no máximo, 20% da aula. “Não investimos em uma solução 100% digital. Acreditamos em um modelo híbrido com uso de lousa, caderno, conteúdo significativo e a mediação do professor; um modelo que representa inovação ao colocar o humano, professor e aluno, no centro do processo educacional”, comenta.
Intencionalidade pedagógica é a chave para bom uso do Chromebook
Criado pela Google em 2013, o dispositivo Chromebook é dedicado à navegação pela internet e uso de arquivos na nuvem. Com a integração aos serviços Google, o dispositivo traz uma série de benefícios para o processo de aprendizagem tornando-o mais dinâmico, ativo e coerente com a realidade de estudantes nativos digitais. Em sala de aula, permite que estudantes e docentes estejam sempre conectados – o que aproxima o processo de aprendizagem à realidade de estudantes nativos digitais.
“Por já nascerem mais próximos das tecnologias digitais da informação e da comunicação, os estudantes do século XXI demandam uma linguagem coerente com a vida contemporânea. Essa aproximação da realidade da escola à de crianças e adolescentes é facilitada pelo Chromebook por ser um dispositivo que permite integração com os recursos e serviços do Google, além de ser um computador dedicado à navegação na internet”, avalia Sassaki.
O especialista acrescenta que com fácil acesso às informações disponíveis on-line, estudantes podem construir os próprios conhecimentos com a curadoria – mediada por professores – de notícias, artigos, imagens e vídeos. “O desenvolvimento de um pensamento crítico no tocante à validade e credibilidade das informações pesquisadas faz parte deste processo”, salienta.
Maristela Alcântara, coordenadora de Tecnologia da escola Projeto Vida, de São Paulo, destaca os benefícios do uso do Chromebook por discentes e docentes dos anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio. A escola adotou, pela primeira vez, esses dispositivos em 2017, em uma iniciativa inovadora para aprimorar o processo de aprendizagem na instituição. Em 2019, com a adoção do Geekie One, docentes e estudantes da escola passaram a ter equipamentos individuais.
A educadora afirma que o fato de o aluno ter um Chromebook disponível a qualquer momento na aula, facilita o planejamento do professor, que pode considerar o recurso tecnológico como mais um instrumento de aprendizagem. “Em contrapartida, exige uma postura de aluno muito mais ativo e responsável, o que só conseguimos também com muito trabalho de orientação e diálogo em sala de aula”, analisa a educadora, lembrando que a intencionalidade pedagógica é a peça-chave para o sucesso do uso de qualquer ferramenta tecnológica.
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