Já que o começo de um novo ano é uma ótima época para fazer planos, por que não incluir na sua lista de resoluções fazer com que 2016 seja o ano da inovação para a sua escola? A fim de ajudar você a alcançar esse objetivo, reunimos aqui algumas dicas para a implementação ou aperfeiçoamento do uso das tecnologias educacionais em suas aulas.
- Seja transparente com todos os envolvidos
É fundamental informar gestores, colegas, alunos e pais sobre o que você está planejando. Novidades podem assustar e gerar desconfianças, mas a transparência em relação aos seus objetivos e métodos é a melhor forma de conseguir a confiança das pessoas. Isso também serve para ajudar você a obter as condições necessárias para atingir seu objetivo. Pode ser necessária a autorização dos pais para a publicação online de trabalhos dos alunos, por exemplo. Ou pode ser preciso que a direção da escola libere o acesso a sites como o Twitter e o YouTube. Combine tudo isso antes – e mantenha-se determinado!
- Esteja aberto para aprender com seus alunos
Na Geekie, nós adoramos receber visitas de alunos: conversar com eles sempre rende novas ideias e inspiração para nosso trabalho. Quando se fala em usar novos métodos e tecnologias educacionais, essa comunicação é absolutamente essencial: tudo precisa ser testado e avaliado em conjunto. Tenha como meta para 2016 pedir mais a opinião de seus alunos – e também ouvir atentamente quando eles tomarem a iniciativa de sugerir alguma ideia para você. Dar-lhes uma voz fará com que se sintam mais envolvidos e, consequentemente, mais comprometidos com a aula e o processo de aprendizagem.
- Ensine seus alunos a usarem bem os mecanismos de busca
Em um artigo publicado no site edSurge, o professor Kerry Gallagher diz: “Vamos ser realistas. É para o Google e o YouTube que nossos estudantes vão primeiro quando estão procurando por respostas”. O problema é que ali estão, lado a lado, materiais de altíssima e de baixíssima qualidade – e você precisa ensinar seus alunos a separar o joio do trigo. O próprio Google tem um guia para otimizar as buscas e permitir ao usuário encontrar as repostas que melhor atendem as suas necessidades (disponível neste link).
A busca é só o começo, no entanto: os estudantes precisam aprender a avaliar a confiabilidade das informações. Discuta com eles sobre essa questão e treine-os para identificar farsas. “Com poucos cliques, eles encontrarão informações falsas e até mesmo bobas que os farão rir enquanto ensinam uma lição sobre a avaliação de sites na internet”, diz o professor. Isso não só os habilitará a filtrar aquilo que encontram na internet, mas também poderá os ajudar a desenvolver um senso crítico em relação às informações que recebem por outras vias.
- Use a tecnologia de forma organizada
Já que falamos sobre ouvir os estudantes, esta dica veio deles: o edSurge pediu a uma aluna do segundo ano do Ensino Médio nos Estados Unidos para que contasse como ela e seus colegas se sentem em relação ao uso de diferentes tecnologias educacionais em sua escola. Uma das principais reclamações é a de que a maioria dos professores fica em cima do muro sobre usar ou não a tecnologia e sobre quais delas irão adotar, e tudo “fica confuso muito rápido”.
“O que me dá nos nervos? Quando os professores não conseguem decidir se vão trabalhar com trabalho online ou físico. Tome uma decisão e permaneça firme nela”, aconselha a aluna. E completa: “Professores, mantenham todas as suas informações em um só lugar. Não vá espalhando tudo por aí em diferentes aplicativos. [E, ao escolher uma ferramenta de aprendizagem], por favor, fique com ela e se certifique de que você sabe como utilizar os seus recursos”.
- Mostre o trabalho de seus alunos para o mundo
A internet permite amplificar a voz de cada um e isso pode ser usado a favor do aprendizado: muitos professores têm incentivado a publicação online de trabalhos de seus estudantes. Já falamos aqui, por exemplo, sobre um professor que descobriu que seus alunos se esforçam mais e têm melhor desempenho quando seus trabalhos são publicados em um blog para outras pessoas lerem.
O professor Gallagher é um defensor dessa ideia e sugere uma forma de fazer isso: “É essencial que os seus alunos comecem a publicar o seu trabalho logo no início do ano. Sua primeira criação poderia ser simples: um texto refletindo sobre o que aprenderam no verão, um ensaio fotográfico ou uma lista de metas para o ano. O ponto é acostumá-los a publicar suas criações para que outros possam ver e interagir com elas. Por exemplo, cada um dos meus alunos tem seu próprio blog e, ao final do ano, sempre têm um fantástico portfólio digital do seu trabalho. Para incentivá-los a realmente fazer o seu melhor, eu costumo postar no Twitter os links para daqueles que se destacarem, ou escrevo sobre eles em meu próprio blog profissional. Os estudantes gostam de ver as visitas ao seu site subirem como uma recompensa pelo seu trabalho árduo. Eles podem olhar para trás para ver seu crescimento, e os pais e outros professores podem acompanhar tudo isso também”.
Sabemos que inovar, em qualquer campo, é desafiador. Mas com coragem e persistência é possível alcançar resultados que fazem tudo valer a pena. Estamos juntos nessa missão!
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