Todo ano, a perspectiva de escrever uma redação para o ENEM aterroriza alunos concluindo o Ensino Médio. Os estudantes sabem que, para atingir uma boa nota no Exame, o texto precisa seguir uma série de parâmetros: domínio da norma culta da língua portuguesa, compreensão do tema, organização de ideias, capacidade de argumentação e proposta de soluções para as questões propostas.
Para ser capaz de produzir uma redação de sucesso, um aluno precisa de treinamento sólido ao longo de toda sua trajetória acadêmica, qua abranja diversos gêneros textuais. Lembre-se de que o bom texto não escolhe o escritor – ou seja, escrever bem é uma tarefa que pode ser desenvolvida por todos, desde que sejamos adequadamente treinados para isto.
Por isso, sugerimos no artigo de hoje quatro dicas para que você, educador, consiga manter seus alunos mais envolvidos e focados em sala de aula, possibilitando o melhor aproveitamento na produção de redações e, consequentemente, obtendo melhor desempenho na prova dissertativa-argumentativa do Enem. Fique atento e mãos à obra!
Nem toda redação é para o ENEM
Quando o aluno mantém fixa a ideia de que a redação é um tipo de avaliação, e, por isso, não se deve fugir de regras para sua boa execução, o ato de escrever se torna um foco de ansiedade. Assim, ele acaba se distanciando dos objetivos principais: transmitir uma opinião própria (que já está ali mesmo, dentro da cabeça dele) e argumentar a favor dessa opinião.
Procure transmitir a importância de selecionar ideias e argumentar em contextos reais – uma coluna opinativa de revista, um email de reclamação ou até mesmo um post no Facebook sobre uma pauta atual. Utilize diferentes exercícios que estimulem a escrita, assim, à medida em que o aluno for perdendo a insegurança, essa atividade se tornará muito mais simples, prazerosa e agradável.
Incentive a leitura – desde sempre!
Fazer com que o aluno se mantenha informado sobre os fatos da atualidade afeta vários fatores imprescindíveis na escrita de uma redação consistente. Incentivar a leitura amplia o conhecimento do vocabulário e das regras gramaticais, além de trazer conhecimento sobre temas variados, o que é importante para que o aluno trabalhe e formule seus pontos de vista – afinal, ele não será informado de antemão sobre o tema da redação do ENEM.
Essa é, talvez, a habilidade que deve ser desenvolvida por maior tempo na vida estudantil. A leitura deve ser incentivada desde sempre. Por mais que se esforce, um aluno do segundo ano do ensino médio, por exemplo, que nunca teve o costume da leitura, terá sempre maior dificuldade e menor desempenho do que aquele que sempre teve o hábito de ler, desde o início da alfabetização, e contato com livros e materiais de leitura desde a infância.
Praticar, praticar e praticar
Ao escrever com frequência, o aluno começa a perceber intuitivamente quanto tempo leva para organizar seus argumentos, qual o tamanho estimado de cada parágrafo, como estruturar sua redação da introdução à conclusão. Pratica o uso de conectivos que relacionem uma ideia à anterior e a pontuação ideal para dar a ênfase que deseja.
Por isso, aproveite cada correção para contribuir construtivamente para a escrita de seus alunos. Uma nota não é suficiente se não for acompanhada de dicas, sugestões e alternativas que possam ser colocadas em uso na próxima redação. Indique exatamente em que ele precisa melhorar e ofereça caminhos para fazê-lo.
A discussão gera bons argumentos
Criar discussões com base em temas relevantes, pertencentes à realidade da turma, e permitir que os alunos interajam é uma boa maneira de fazer com que eles compartilhem experiências e dúvidas que poderiam surgir durante a realização do exame, onde clareza, objetividade e bom fluxo das ideias é fundamental. Além de contribuir para que ampliem seus conhecimentos, formulem argumentos e cheguem a novas conclusões.
E você? O que suas experiências em sala de aula lhe ensinaram sobre a preparação dos alunos para a redação do Enem? Deixe seu comentário contando para nós e participe da conversa.
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