Plano de aula para celebrar o Dia Internacional das Mulheres na Matemática

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Por que 12 de maio é o Dia Internacional das Mulheres na Matemática? Confira no artigo e acesse um plano de aula que trabalha o tema e estatísticas sobre representatividade

Ao longo de muitos anos, inúmeras personalidades exerceram papéis importantes para a história da matemática e, certamente, da humanidade. Propomos um desafio: você saberia identificar, entre as imagens abaixo, quais delas representam grandes nomes da Matemática?

Antes de disponibilizar a solução, temos um rápido questionamento: você marcou mais homens ou mulheres? Inconscientemente, será que fazemos um juízo de gênero a respeito de pessoas que estão vinculadas às ciências exatas? 

Em testes como este, é mais frequente associar a figura masculina com a matemática. Isso decorre de uma baixa representação feminina na comunidade matemática e, infelizmente, este cenário é mundial. Segundo um estudo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts de 2019 a respeito das formações em cinco grandes universidades norte-americanas, menos de 30% das vagas de bacharelado e menos de 21% das de doutorado são ocupadas por mulheres. Já no Brasil, dados do INEP/MEC mostram que o percentual de estudantes brasileiros ingressantes na graduação em matemática do sexo feminino em 2014 eram de, apenas, 42%. 

Os dados ainda trazem a diferença entre os números de pesquisadores: por volta de 13% dos bolsistas de Produtividade em Pesquisa do CNPq eram mulheres e apenas 5% dos membros de Ciências Matemáticas da Academia Brasileira de Ciências.

Para que você não fique mais curiosa(o), disponibilizamos o gabarito para o desafio que propomos acima.

São grandes personalidades da Matemática os retratos:

3 – Hipátia de Alexandria

4 – David Blackwell

5 – Carl Friedrich Gauss

6 – Mary Jackson

10 – Artur Avila

13 – Celso Costa

14 – Ada Lovelace 

16 – Emmy Noether

Os seguintes números não estão diretamente relacionados com a Matemática:

1 – Marie Curie

2 – Shigeru Miyamoto

7 – Neil deGrasse Tyson

8 – Mayin Bialik

9 – Nise da Silveira

11 – Rita Lobato

12 – Antoine Lavoisier

15 – Ernest Rutherford

Por que 12 de maio é o Dia Internacional das Mulheres na Matemática?

O Dia Internacional das Mulheres na Matemática é celebrado no dia 12 de maio. A data foi instituída apenas no ano de 2018, durante o Congresso Internacional de Matemática, que ocorreu no Brasil, em uma homenagem à matemática iraniana Maryam Mirzakhani que, em 2014, foi a primeira mulher da história mundial a receber a Medalha Fields, reconhecida por muitos como a maior honraria que uma pessoa matemática poderia receber. O dia 12 de maio foi escolhido devido ao aniversário de Maryam. 

Maryam teve uma atuação importantíssima na matemática não apenas relacionada às suas contribuições reconhecidas com a Medalha Fields, mas também em toda a sua carreira. Em vida, no ano de 1994, foi a primeira mulher iraniana a ganhar uma medalha de ouro na Olimpíada Internacional de Matemática, com 41 pontos, de um total de 42. No ano seguinte, ganhou novamente medalha de ouro, mas dessa vez com a pontuação máxima. Foi professora de matemática da Universidade de Stanford, localizada na Califórnia, região oeste dos Estados Unidos. Em julho de 2017, aos 40 anos, Maryam faleceu vítima de um câncer de mama.

Três mulheres de relevância na Matemática

Para que a comemoração desta data fique completa, selecionamos alguns perfis de mulheres incríveis e de muita relevância na Matemática:

Karen Keskulla Uhlenbeck é norte-americana e nasceu em agosto de 1942. Ela foi a segunda matemática a discursar no congresso internacional de Matemática em 1990. No ano de 2019 ela foi a primeira mulher a receber o prêmio Abel pela sua contribuição em equações diferenciais parciais geométricas, Teoria de Gauge sistemas integráveis, e pelo impacto de seu trabalho nas áreas de análise, geometria e física matemática.  

Maria Laura Mouzinho Leite Lopes nasceu em janeiro de 1917, em Pernambuco, na região Nordeste do Brasil. Foi a primeira mulher brasileira a receber o título de doutora em matemática e a primeira a se tornar Membro Titular da Academia Brasileira de Ciências. Foi banida do país durante a ditadura militar no Brasil e impedida de lecionar na UFRJ pelo AI-5. Anos após o exílio, retornou ao Brasil e foi reintegrada ao meio acadêmico onde participou ativamente da criação de várias instituições de pesquisa.

Katherine Johnson nasceu nos Estados Unidos em 1918. Iniciou sua carreira como professora de matemática até que, em 1952, ingressou no Laboratório Langley da Naca, agência que antecedeu a Nasa. Katherine foi responsável pelos cálculos que estabeleceram a rota da primeira viagem americana espacial, e também da expedição Apollo 11, onde o primeiro homem pôde caminhar na superfície da Lua.

Sem dúvidas, mulheres fantásticas, não é mesmo?! Suas contribuições não somente para a matemática, mas também para tantos eventos icônicos da história mundial, foram infinitas. 

Atualmente, existem inúmeras iniciativas que colaboram para que cada vez mais mulheres estejam presentes e engajadas nas ciências exatas e também, especificamente, na matemática. O Instituto de Matemática Pura e Aplicada – IMPA – já promoveu, por exemplo, a Olimpíada Nacional para Mulheres, destinada a alunas do ensino público e privado de todo o território nacional, a partir do 8º ano até o ensino médio. Além disso, a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas – OBMEP – também incentiva as estudantes a seguirem carreiras na ciência (e, consequentemente, na matemática) e, inclusive, a participarem de grandes competições internacionais, como a Olimpíada Europeia Feminina de Matemática – EGMO. 

Ainda há um longo caminho a ser percorrido. No entanto, essas ações são passos muito importantes para o empoderamento de mulheres na Matemática. O futuro nos reserva muitas mentes brilhantes e femininas! 

Feliz Dia Internacional das Mulheres na Matemática!

Plano de aula: estatística 

Nesta aula, incentivamos que a turma faça algumas atividades e reflexões sobre o uso de estatísticas e suas representações. Para isso, utilizaremos como tema central o Dia Nacional das Mulheres na Matemática e estatísticas sobre representatividade. 

Objetivo-chave: Eu compreendo a importância da estatística na argumentação e identificação de vieses

Objetivo de aprendizagem:

  1. Identificar a presença da estatística na divulgação de informações sobre um tema
  2. Analisar criticamente tabelas e gráficos estatísticos

Habilidade da BNCC: (EM13MAT102) Analisar tabelas, gráficos e amostras de pesquisas estatísticas apresentadas em relatórios divulgados por diferentes meios de comunicação, identificando, quando for o caso, inadequações que possam induzir a erros de interpretação, como escalas e amostras não apropriadas.

Materiais necessários: folha de papel para criação de tabelas e gráficos ou planilha eletrônica. Cartolina e canetas coloridas ou plataforma de produção de infográficos e pôsteres online.

Parte 01: aquecimento – para começar e refletir 

Duração: 20 minutos

Para começar, vamos fazer uma prática ativaA chamada “expressando ideias”. Nela, iremos propor duas tarefas e depois, os estudantes terão de fazer uma produção. 

Inicialmente, sugerimos que apresente as imagens¹ a seguir para os(as) estudantes e faça a seguinte pergunta: Quais das pessoas a seguir você acredita que sejam Matemáticos? O que faz você pensar assim? Clique nos links para acessar os conteúdos:

Parte 1: Matemáticos(as)

Depois de escutar as respostas da turma, apresente novamente as imagens com a legenda mostrando quem são os(as) pesquisadores em Matemática. Escute o que os(as) estudantes têm a dizer sobre isso. 

Parte 2: Matemáticos(as)B

Mostre aos(às) estudantes os gráficos que demonstram a discrepância na representatividade das mulheres na pesquisa em Matemática.

De acordo com Christina BrechC (2018), “entre os pesquisadores, o desequilíbrio é ainda maior: cerca de 13% das bolsas de Produtividade em Pesquisa do CNPq foram concedidas a mulheres em 2014 e as mulheres eram cerca de 5% entre os acadêmicos de Ciências Matemáticas da Academia Brasileira de Ciências”.

Gráficos

Fale com os(as) estudantes sobre os dados, mostrando que ainda há um longo caminho para percorrer na equivalência de homens e mulheres no mercado de trabalho, inclusive no campo da Matemática. Converse com eles(as) também sobre a importância de saber ler corretamente os dados estatísticos que estão sendo apresentados, fazendo link para o objeto de conhecimento que será trabalhado neste plano de aula. 

É importante mostrar para eles(as) onde surge essa “dificuldade” da representatividade feminina na Matemática, pois há uma crença que mulheres têm menor aptidão para as áreas exatas. No entanto, de acordo com Silva e ValleD (2020), “a pouca presença feminina nas áreas científicas, não deve ser entendida como algo natural. Mas com um processo complexo que envolve fatores sociais e culturais, que determinam a exclusão ou negligência da participação de mulheres na produção de conhecimento”.

Um dado interessante a ser apresentado, também de acordo com Silva e Valle (2020), é que esse déficit de presença feminina nas exatas, se inicia na educação básica, podendo ser observada nas olimpíadas de conhecimento como OBM (Olimpíada Brasileira de Matemática) e OBMEP (Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas e Privadas), “naa OBM/OBMEP, no primeiro e segundo nível, as meninas ganharam, entre 2014 e 2018, 30% das medalhas, porém no terceiro nível, houve uma queda acentuada, no mesmo período, elas conseguiram apenas 13% das medalhas (IMPA, 2019)”.

Escute o que os estudantes têm a dizer sobre os dados apresentados.

Ao final da atividade, sugerimos que peça aos estudantes que se separem em grupos e façam uma análise da própria sala. Eles devem pesquisar, entre a própria turma, como está o interesse das garotas pelas exatas em comparação aos garotos, isso pode ser feito elaborando formulário sobre as áreas de interesse profissional, disciplinas preferidas, participação em olimpíadas de conhecimento, entre outros. Eles(as) podem utilizar o Google Forms ou um recurso similar. Com os dados, peça que os grupos apresentem oralmente ou através de um texto argumentativo os resultados, bem como as análises. 

Essa atividade está relacionada ao objetivo de aprendizagem 1.

Informações de apoio:

A – As práticas ativas são atividades com passos claros com o objetivo de tornar o(a) estudante parte da construção de sua própria aprendizagem, são flexíveis e podem envolver questões, discussões ou mesmo construções por parte dos(as) estudantes. O objetivo da atividade aqui proposta é aprimorar a capacidade de comunicação, argumentação e pensamento crítico acerca da importância da leitura de dados estatísticos e a representatividade das mulheres na matemática.

B – Referências das imagens: 

https://www.doctoralia.com.br/flavio-orsini-filho/medico-clinico-geral-homeopata/sao-paulo?gclid=CjwKCAjwu_mSBhAYEiwA5BBmf8xn2n9yZL4PpjCcye81EILzqnN1nDLNa3bn_3FdahGGSWqraDN9lxoCv0gQAvD_BwE

https://www.alamy.com/stock-photo-emerging-country-of-brazil-friedrich-ebert-foundation-174654396.html

http://somos.ufmg.br/professor/adriano-monteiro-de-castro-pimenta  

http://lattes.cnpq.br/7322940658819846  

C- Sugerimos a leitura do artigo “O dilema de Tostines das Mulheres na Matemática” da pesquisadora Christina Brech:  https://rmu.sbm.org.br/wp-content/uploads/sites/27/2018/08/kika_final.pdf  

D- Sugerimos a leitura do artigo “REPRESENTATIVIDADE FEMININA NAS OLIMPÍADAS BRASILEIRAS DE CONHECIMENTO” de Aline Borges da Silva e Mariana Guelero do Valle, disponível no link: http://anais.anped.org.br/regionais/sites/default/files/trabalhos/20/6645-TEXTO_PROPOSTA_COMPLETO.pdf 

Observações complementares:

1 – Caso queira, você pode trocar as imagens por outras personalidades que ache mais relevantes, de acordo com a realidade escolar.

Parte 02: problematização – discutindo Estatísticas²

Duração: 15 minutos

Após a discussão sobre a importância da Estatística para leitura e interpretação de dados, sugerimos um momento para exposição e discussão do temaE.

Você pode pedir que os(as) estudantes identifiquem os diferentes tipos de representações estatísticas presentes na exploração introdutória (dados numéricos, tabelas, gráficos), além de discutir com eles(as) sobre a produção que fizeram no final da primeira parte, permitindo assim que eles falem dos conhecimentos préviosF que possuem do tema. 

Para melhor aproveitamento, para as escolas parceiras da Geekie, recomendamos utilizar esse plano de aula em conjunto ao capítulo sugerido para a 1ª série do Ensino Médio: “Estatística: tabelas e gráficos em um contexto interdisciplinar”.

Professor(a), é importante ressaltar com os(as) estudantes que tais temas costumam ser muito cobrados em ENEM e vestibulares. Sugerimos que selecione algumas questões desse tipo e peça que os(as) estudantes resolvam em um momento pós aula.  Para um segundo encontro, você pode fazer a discussão e correção dessas atividades. 

Essa exposição está relacionada ao objetivo de aprendizagem 2.

Informações de apoio:

E – A problematização pode ser utilizada para consolidar conhecimentos de estatística, após a atividade exploratória do “Para começar e refletir”.

F – Os conteúdos de gráficos e tabelas costumam ser abordados no Ensino Fundamental, portanto a reapresentação desses temas tem caráter de aprofundamento e contextualização.

Observações complementares:

2 – Sugerimos trabalhar com os tópicos a seguir:

  • População
  • Amostra
  • Variáveis qualitativas
  • Variáveis quantitativas contínuas
  • Variáveis quantitativas discretas
  • Tabela de frequências
  • Frequência absoluta
  • Frequência relativa
  • Intervalo de classes
  • Gráfico de setores
  • Gráfico de barras
  • Histograma
  • Polígono de frequências
  • Indução ao erro de interpretação de dados estatísticos
  • Gráficos enganosos

Parte 03: Instrumentalização – Mão na massa: divulgação de dados estatísticosG

Duração: 10 minutos

Para esta atividade, a turma precisará dos seguintes materiais³:

  • Folha de papel para criação de tabelas e gráficos ou planilha eletrônica;
  • Cartolina e canetas coloridas ou plataforma online de criação de infográficos e pôsteres. 

Peça que os(as) estudantes construam um material de divulgação4 sobre os dados encontrados na pesquisa realizada na prática inicial. Você pode perguntar para eles(as) a que conclusões chegaram a partir dos dados e quais as melhores formas de divulgá-los. Peça também que eles(as) considerem a temática do Dia Nacional das Mulheres na Matemática.

Em seguida, você pode promover com a turma uma roda de conversa sobre os trabalhos. Alguns perguntas que podem guiar a discussão são:

  • Qual o público-alvo da divulgação?
  • Como essa pesquisa poderia ser ampliada?
  • A amostra considerada na pesquisa é representativa com relação à população da escola? O que faz vocês pensarem assim?

A atividade está relacionada ao objetivo de aprendizagem 2.

Informações de apoio:

G – O objetivo desta atividade é fazer com que os(as) estudantes mobilizem os conhecimentos sobre estatística para analisar os resultados de uma pesquisa e apresentar um argumento com base em dados.

Observações complementares:

3 – Você pode deixar a escolha dos materiais a cargo dos(as) estudantes ou combinar com eles(as) um tipo de produção (cartazes ou material de divulgação online). Além dos materiais citados, é possível usar colagens e fotos. Também é possível usar tabelas e gráficos estatísticos dos materiais de referência; lembre os(as) estudantes de citarem as fontes.

4 – Para complementar a atividade, você pode propor a divulgação como uma apresentação na sala em forma de seminário, uma campanha na escola ou ainda a criação de uma página de redes sociais.

Parte 04: consolidação – antes eu pensava… Agora eu penso…

Duração: 5 minutos

Para finalizar a aula, uma sugestão é utilizar a rotina de pensamento Antes eu pensava… Agora eu penso… Para essa rotina, a turma deve completar as duas frases com pensamentos que ela tinha antes da aula e pensamentos que ela teve depois da aula. Para isso, uma sugestão é você retomar alguns pontos que a turma possa ter levantado durante o Aquecimento no início da aula5, relacionados tanto aos conhecimentos estatísticos quanto à temática da representatividade de mulheres na Matemática.

O objetivo desta rotina é colocar em evidência a transformação do pensamento do estudante em relação ao tema da aula. A partir das respostas que a turma trouxer, conseguirá ter um entendimento do aprendizado que a turma teve e de pontos que talvez você precise retomar em uma próxima aula envolvendo conceitos de análise e argumentação com dados estatísticos.

Observações complementares:

5 – Alguns exemplos de respostas poderiam ser:

  • Antes eu pensava que a estatística servia apenas para divulgação de pesquisas de opinião. Agora eu penso que os dados podem ser usados para embasar argumentações.
  • Antes eu pensava que a matemática não tinha ligação com humanas. Agora eu penso que ela pode ser importante para defender pontos de vista.

Referências do artigo:

https://abelprize.no/abel-prize-laureates/2019

https://celebratio.org/Uhlenbeck_K/article/634/

https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/noticia/2019/08/conheca-maryam-mirzakhani-primeira-mulher-receber-o-maior-premio-da-matematica.html

https://math.mit.edu/wim/2019/03/10/national-mathematics-survey/

https://rmu.sbm.org.br/wp-content/uploads/sites/27/2018/08/kika_final.pdf

https://en.wikipedia.org/wiki/Maryam_Mirzakhani

Autores(as) artigo:

Renan Gava de Souza, editor de Matemática da Geekie e Mestre em Matemática pelo IME/USP

Danielle Guimarães Hepner, analista de avaliações da Geekie e professora de Matemática, graduada em Matemática pela UFF.

Autores(as) plano de aula:

Vanessa Felisberto de Oliveira, licenciada em Matemática pela UFBA, pós-graduada em Processos Educacionais Interativos e Culturas Digitais pela UNISBA, editora da Geekie e professora de Matemática.

Carolina de Oliveira Tsuda, editora de Itinerários Formativos da Geekie, Licenciada em Matemática pela USP e pela Universidade de Coimbra.

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