As habilidades socioemocionais se referem ao conjunto de competências que envolvem inteligência emocional, empatia, resolução de conflitos, colaboração e autorregulação. Todas elas são trabalhadas no Geekie One, da Educação Infantil ao Ensino Médio. Conheça mais sobre este assunto aqui.
O desenvolvimento das habilidades socioemocionais é essencial para que crianças e adolescentes possam ter uma experiência plena. Sendo assim, é importante que estes aspectos sejam trabalhados desde a Educação Infantil e seguindo nas demais etapas.
Mas para que as crianças possam desenvolver essas habilidades, é preciso que haja um suporte adequado ao seu redor. Embora o ambiente escolar seja parte decisiva, o núcleo familiar e social também precisa oferecer condições favoráveis.
Portanto, para falar sobre o assunto, conversamos com a Thais Sabbadini, autora e editora de conteúdo para Percursos de Aprofundamento na Geekie e pós-graduada em Neurociência e Psicologia aplicada pela Mackenzie, em São Paulo.
Além de Thais, também conversamos com a Fernanda Batista dos Santos, coordenadora editorial de Educação Infantil e Ensino Fundamental Anos Iniciais na Geekie e Mestra em Educação pela Universidade de São Paulo (USP). Confira!
O que são as habilidades socioemocionais?
Para que possamos avançar no assunto, é importante primeiro entender o que são habilidades socioemocionais. Estas habilidades se referem ao conjunto de competências que envolvem a inteligência emocional, empatia, resolução de conflitos, colaboração e autorregulação.
“O desenvolvimento dessas competências contribui para estabelecermos objetivos, tomarmos decisões e enfrentarmos situações adversas ou imprevisíveis ao longo da vida”, explica Sabbadini.
Levando para o contexto escolar, a habilidade socioemocional pode auxiliar os(as) estudantes na melhor compreensão das aulas, bem como na resolução das tarefas. Ao ter melhores condições para lidar com momentos adversos, o(a) aluno(a) tem melhores condições de obter bons resultados em uma prova, por exemplo.
Desse modo, na Educação Básica o desenvolvimento dessas habilidades desempenha um papel crucial. Além de promover o aprendizado acadêmico, as escolas também têm a responsabilidade de cultivar aspectos emocionais e sociais nos(as) alunos(as).
O que diz a BNCC sobre as habilidades socioemocionais?
As habilidades socioemocionais têm um papel crucial para que as crianças obtenham um desenvolvimento integral, contribuindo para que tenham interações saudáveis e construtivas na sociedade.
Levando isso em conta, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) trouxe uma série de atualizações para o currículo escolar. Ao todo, o documento traz 10 competências gerais da Educação Básica, que abordam de diferentes formas a importância de cuidar os aspectos socioemocionais dos(as) alunos(as).
A especialista Sabbadini ressalta que estas mudanças na BNCC foram essenciais para que pudesse haver um avanço nessa pauta. “Um exemplo é a competência geral 2 que cita ‘Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências […]’ e está diretamente conectada com as competências socioemocionais de curiosidade para aprender e imaginação criativa”.
Além disso, outra mudança essencial trazida na BNCC foi a obrigatoriedade do ensino prático e cognitivo interligados com o desenvolvimento socioemocional da criança e do(a) adolescente. Assim como presente na elaboração de qualquer currículo escolar.
Para além da BNCC
Apesar de as mudanças trazidas pela BNCC serem benéficas no sentido de trabalhar as habilidades socioemocionais na Educação Básica, é possível realizar estas atividades para além do que está previsto no documento.
Conforme destaca Sabbadini, as mudanças devem ir além do que é proposto na base curricular. “Além do currículo em si, é importante criar oportunidades viáveis ao espaço e à rotina escolar para que as competências socioemocionais sejam desenvolvidas com intencionalidade pedagógica”, ressalta.
Além disso, a educadora Fernanda Santos também mostra que, embora as competências da BNCC sejam importantes, a escola também pode adotar práticas dentro das atividades de aula que valorizem os aspectos emocionais da criança.
“Eu posso desenvolver essas habilidades com as crianças de uma forma orgânica com o meu currículo”, aponta Santos. Ela também traz exemplos de como isso pode ser feito na aula de português, por exemplo, através de contos e histórias que buscam inserir os(as) alunos(as) no lugar do personagem.
Qual é a importância de desenvolver as habilidades socioemocionais ainda na infância?
Sabemos que a infância é o período onde há maiores chances de absorver conhecimentos e práticas que serão levadas para toda a vida. Portanto, não seria diferente quando se fala sobre o desenvolvimento das habilidades socioemocionais.
Santos destaca um fator importante no trabalho socioemocional ainda na Educação Infantil, que é a relação social da criança. “Ela vai desenvolver habilidades de socialização, ela vai desenvolver empatia pelas outras crianças no decorrer da Educação Infantil, vai criar consciência de si no mundo”, aponta.
Além disso, ao reconhecer e gerenciar suas próprias emoções, as crianças se tornam mais aptas a lidar com frustrações, estresses e desafios futuros. Além disso, a compreensão das emoções alheias fomenta a empatia e a capacidade de se relacionar harmoniosamente com as outras pessoas.
Chegando na transição entre a infância e a adolescência, o(a) estudante acaba tendo outras demandas para as habilidades socioemocionais.
Além das mudanças na grade curricular, a transição entre os anos iniciais e finais do Ensino Fundamental e o ingresso do Ensino Médio, há também questões de mudanças no corpo e na mente. Há o surgimento de mais responsabilidades, as expectativas pessoais e familiares sobre o futuro, a maturação cerebral está a todo vapor, entre outros fatores.
Desse modo, Sabbadini aponta que esse é o “momento da abordagem para uma educação socioemocional que contribua com a consolidação da identidade desse(a) jovem por meio do autoconhecimento”.
Segundo ela, uma forma para contribuir no desenvolvimento emocional destes jovens é “incentivando momentos estruturados de reflexão sobre ‘quem eu desejo ser’ e ‘como posso contribuir para o mundo’”. Sabbadini ainda destaca que estas são oportunidades para incentivar o desenvolvimento da autoconfiança e auto compaixão.
Como o Geekie One trabalha as habilidades socioemocionais
Oferecer autonomia e personalizar as tarefas de acordo com as necessidades de cada aluno(a) é uma das formas de trabalhar as habilidades socioemocionais. Sendo assim, ferramentas como a Geekie One são importantes para auxiliar nesse processo.
A plataforma oferece um suporte de acordo com o período escolar do(a) estudante. Dessa forma, é possível aproveitar o Geekie One da melhor maneira desde a Educação Infantil até o Ensino Médio.
Vamos acompanhar nos tópicos a seguir como a plataforma é importante em cada uma destas etapas.
Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental
Para oferecer um suporte adequado aos(as) alunos(as) da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, Santos conta que no Geekie One há um catálogo de projetos interdisciplinares e socioemocionais, que são divididos em cinco eixos.
Em cada um destes eixos são trabalhados diferentes assuntos, como as questões físicas, desafios financeiros, convivência com o meio ambiente, entre outros. A partir destes conteúdos, Santos conta que os professores e as professoras podem escolher o eixo de acordo com a abordagem que pretendem dar à aula.
“O(a) docente vai poder escolher o projeto com o qual ele(a) tem mais relação e trabalhar esse projeto com as crianças, de forma a estimular os(as) estudantes a encararem seus desafios, os desafios da vida e do mundo”, afirma Santos.
Os eixos oferecidos são:
- Corpo e mente, que trabalha questões físicas e socioemocionais;
- Jogo da vida, que vai trabalhar desafios financeiros e de consumo;
- Conexão mãe mundo, que vai trabalhar convivência com o meio ambiente e outras culturas;
- Comunicarte, que trabalha comunicação e expressão;
- Criadores Digitais Vida e Cultura, que trabalha a vida e cultura digital.
Anos Finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio
Os(as) estudantes dos Anos Finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio têm uma série de transformações nesse período. Sendo assim, o Geekie One aplica a inteligência de dados, que permite personalizar o plano de estudos do(a) estudante conforme suas necessidades.
Além disso, Sabbadini ressalta que, no Geekie One, há um espaço adequado para valorizar aspectos como autogestão e foco. “É uma ferramenta muito útil para incentivar a motivação dos(as) estudantes e o desenvolvimento contínuo de competências socioemocionais de autogestão como a organização e o foco, além da autoconfiança no próprio processo de aprendizagem”, conta Sabbadini.
Outro aspecto importante do Geekie One nessa etapa são os conteúdos voltados também para a formação cidadã dos(as) alunos(as). Nesse sentido, Sabbadini cita como principais exemplos as disciplinas Educação Digital e Projeto de Vida no Ensino Fundamental Anos Finais, e as disciplinas Projeto de vida II, SMART e Cidadania Digital no Ensino Médio.
8 dicas para as famílias contribuírem no desenvolvimento das habilidades socioemocionais de seus(suas) filhos(as)
Na busca por um desenvolvimento saudável das habilidades socioemocionais, a escola não está só. Pais, mães e responsáveis podem, e devem, contribuir para que seus filhos e suas filhas obtenham essas habilidades.
E tanto pelo exemplo, quanto por propor reflexões e diálogos sobre emoções e situações em seu dia a dia, a família acaba sendo essencial no desenvolvimento do socioemocional de seus(suas) filhos(as).
Por isso, elaboramos aqui 8 dicas de atividades ou estratégias que ajudam na hora de auxiliar as crianças e osIas) adolescentes a lidar de forma saudável com suas emoções e com os conflitos de sua dia a dia.
- Comunicação aberta
O diálogo é essencial para que a criança, desde pequena, aprenda a confiar suas dúvidas e questões pessoais em sua família, criando um ambiente seguro. Assim ela se sentirá acolhida e à vontade para ser sincera. Também é importante criar uma comunicação aberta com pré-adolescentes e adolescentes, demonstrando sempre que você está disponível para conversar.
- Nomeando emoções
Quando menores, as crianças não conseguem entender e comunicar o que elas estão sentindo. Por isso, é importante nomear e explicar o que é cada emoção, até mesmo com estímulos visuais. Acolhê-las também é importante. Esse é o primeiro passo para que elas aprendam a lidar com suas demandas emocionais.
- Dar o exemplo sempre
Lidar de forma saudável com as suas emoções, inclusive as que são consideradas negativas, é uma ótima forma de dar exemplo para a criança e o(a) adolescente. Além disso, demonstrar empatia, acolhimento e outras emoções para o(a) filho(a) naturaliza e estimula um desenvolvimento socioemocional mais completo.
- Responsabilidades e tarefas
Atribuir tarefas e responsabilidades, de acordo com a idade do(a) filho(a), traz senso de justiça e ensina a relação de causa e consequência. Isso ajuda também no desenvolvimento de habilidades como: trabalhar em equipe, dividir tarefas, contribuir para a sociedade, entre outras.
- Experiências culturais
Além de demonstrarem outras formas de visão de mundo e pluralidade, as experiências culturais mostram à criança e ao(à) adolescente diversas formas de expressar sua identidade e seus sentimentos.
- Discussão de valores
Diálogos sobre valores de sua família e da comunidade em que está inserida são importantes para que a criança e o(a) jovem possam ter um posicionamento (adequado à idade) em questões sociais tão fundamentais para o seu futuro.
- Auxílio na autorregulação
Frustrações, estresse e outras emoções que nos desregulam, necessitam de estratégias para lidar de forma saudável. Acolher a criança ou adolescente e, aos poucos ensinar formas de se acolher e lidar com esses sentimentos, é papel dos(as) adultos que cercam seus filhos e suas filhas em desenvolvimento.
- Resolução de conflitos
Conflitos e discussões fazem parte da convivência entre pessoas diferentes. Aprender a resolver as desavenças com respeito é uma prática que deve ser trabalhada em nosso dia a dia, desde a infância.
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