Enem 2023: aderência do Geekie Teste na área de Ciências da Natureza foi 87%

A aderência do Geekie Teste na área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias no Enem 2023 foi de 87%. A prova, aplicada no dia 12 de novembro, apresentou questões que contextualizam temas cotidianos da vida dos(as) estudantes, como o amadurecimento do abacate, a tensão pré-menstrual (TPM), a utilização do laser na leitura de dados e a composição de um produto antimofo. Em Matemáticas e suas Tecnologias, o Geekie Teste cobriu 100% das questões que apareceram na prova do Enem 2023. 

Mais uma vez, os temas meio ambiente e tecnologia marcaram presença na prova dos três componentes de Ciências da Natureza, envolvendo ciclo biogeoquímico do nitrogênio, solos amazônicos, preservação das abelhas, geração de energia e prospecção do petróleo.

Confira análise do que caiu no Enem 2023, realizado pelo Time de Avaliações da Geekie.

Biologia

Em relação ao componente curricular de Biologia, neste ano, os assuntos abordados seguiram o mesmo tema da prova da edição anterior. A prova Enem 2023 apresentou uma questão sobre a leishmaniose, temática também presente no ano passado. O mesmo ocorreu com uma questão sobre metabolismo energético. Tanto neste ano como no anterior, houve questões sobre as etapas da respiração aeróbia.

Questões de ecologia, assim como nos anos anteriores, estiveram presentes na prova. Uma das questões envolvia o desaparecimento das abelhas e solicita uma forma de preservá-las. Outra apresentava um fluxograma do ciclo biogeoquímico do nitrogênio para reconhecer a participação dos microrganismos classificados como decompositores. Uma questão de ecologia analisava o processo de biorremediação, averiguando o que acontece com os contaminantes ingeridos.

Destacamos também as questões relacionadas às plantas. Uma delas tratava do uso de gás etileno (hormônio vegetal) para justificar o amadurecimento do abacate, enquanto outra mencionava a morfologia das fanerógamas indicando o tubo polínico como estrutura responsável por possibilitar que gimnospermas e angiospermas sejam independentes da água para a reprodução. Uma terceira questão mencionava o impacto ambiental causado pela retirada do anel da casca do barbatimão. Todas foram bem contextualizadas, não trazendo dificuldades para a compreensão de cada texto. 

Por fim, em genética, manteve-se o padrão observado nas aplicações anteriores. Exigiu-se do(a) estudante boa interpretação das situações apresentadas pelas questões, desta vez com conteúdos como a tecnologia de vacinas de RNA mensageiro (RNAm), a classificação dos zigotos para ocasionar a síndrome de Down e a origem dos micronúcleos pelos cromossomos.

Química

Em relação ao componente curricular de Química, o Enem 2023 exigiu do(a) estudante a interpretação de informações em textos, gráficos e quadros, bem como análises estruturais de moléculas. Essas habilidades foram demandadas por meio de temas que versavam sobre as aplicações da química em contextos tecnológicos, ambientais e do cotidiano. Além disso, a prova de 2023 demandou menor quantidade de realização de cálculos quando comparada ao exame do ano anterior.

A química orgânica foi abarcada em questões variadas, como uma que citava a presença de cetonas no aroma dos alimentos, exigindo a análise da molécula apropriada para a produção de um desses compostos. Uma questão demandou a análise de cadeias carbônicas, requerendo conhecimento de nomenclatura para selecionar o aditivo que possibilitasse o melhor desempenho do combustível gasolina. Em outra questão, foi preciso fazer a análise e a comparação estrutural de fármacos para a identificação de isomeria óptica nas estruturas apresentadas. Ainda nessa área, foi abordada a problemática do descarte de detergente não biodegradável em rios, o que também exigiu conhecimento sobre nomenclatura orgânica. Por fim, também foi mencionada a bioacumulação de pesticidas formados por compostos orgânicos, como o aldrin.

Já a química geral trouxe a estequiometria para o cálculo da porcentagem de massa ganha de um composto higroscópico utilizado em produtos do cotidiano como antimofo, bem como para a interpretação do gráfico de uma reação em que ocorria a precipitação de um produto de menor toxicidade em resíduos de laboratório. Ainda nessa área, a eletronegatividade foi o conceito utilizado para explicar a técnica de fertilização de solos amazônicos, não propícios ao plantio. Por meio do contexto sobre a problemática que envolve tornar um fármaco solúvel no ambiente plasmático, outra questão demandou a compreensão do efeito do aumento do caráter iônico por meio de transformação química.

Em físico-química, o deslocamento do equilíbrio foi utilizado em contexto para prever o efeito da interação de medicamentos com o alumínio presente em recipientes de vidro esterilizáveis. Na parte de soluções, foi preciso realizar a comparação da densidade entre as soluções formadas por refrigerante normal e sua versão diet. Destaca-se, também, uma questão que necessitou da aplicação da lei dos gases ideais para calcular a pressão interna de um aerossol.

Outros assuntos que apareceram na edição 2023 da prova foram os impactos industriais relacionados à chamada “água dura”, além da radioatividade, temática tratada no contexto da química ambiental, que indicava os possíveis impactos do uso da energia nuclear. Ainda em relação à química ambiental, foram abordadas as vantagens da utilização de copos que contenham casca de café em sua composição.

Diferentemente do que se observou na prova do ano passado, assuntos relacionados à eletroquímica não estiveram presentes este ano. Já os assuntos relacionados à termoquímica não foram abordados pelo segundo ano consecutivo.

Física
Em relação ao componente curricular de Física, as questões apresentaram uma diversidade de contextualizações por meio de gráficos, quadros e tirinhas. Ondulatória e mecânica foram as áreas que predominaram nas questões da prova deste ano, diferentemente do ocorrido no ano passado, quando mecânica e eletrodinâmica foram destaques.

Em ondulatória, a prova apresentou uma questão que demandava a identificação da região do comprimento de onda de um laser que otimiza a leitura de CDs e DVDs. Ainda nesse assunto, outra questão exigia o cálculo do valor da intensidade necessária para que um sinal de bluetooth pudesse ser detectado pelas antenas. Uma terceira questão, utilizando uma história em quadrinhos como texto-base, destacou o uso de um telefone feito de latas e barbante como modo de analisar e reconhecer as características de uma onda sonora.

Duas questões trataram de mecânica: uma precisou da caracterização e da análise do movimento vertical de uma esfera, enquanto a outra demandou a análise do esquema de forças em dois diferentes aparelhos.

Outros assuntos recorrentes no componente de Física do Enem são: eletromagnetismo e eletrodinâmica. Para esses, foram contextualizadas situações bem interessantes: uma das questões apresentou o funcionamento de um fogão de indução e exigiu entendimento de como a corrente elétrica é produzida nesse tipo de fogão. Já em outra questão, a problemática envolvida dizia respeito a um circuito elétrico com três lâmpadas, tornando necessária uma análise para calcular a potência do brilho de todas elas após a queima de uma delas.

Uma outra questão relacionada à termologia trouxe um contexto da produção de doce de leite, exigindo compreensão de como ocorrem as trocas de calor entre o recipiente e o meio externo, com o reconhecimento das transformações de estados físicos.

Esta edição contou, ainda, com uma questão sobre radiação ionizante em que se solicitava um cálculo comparativo entre a quantidade de radiação recebida em radiografias torácicas e a recebida por tripulantes de voos intercontinentais em dado período. 

A área de Ciências da Natureza seguiu as tendências geralmente vistas no Enem em relação aos assuntos esperados. A aplicação deste ano apresentou um nível de dificuldade menor em comparação à prova anterior. As questões trouxeram textos menos extensos que os utilizados em aplicações passadas, mas eram objetivas e estavam bem contextualizadas.