Novo Ensino Médio e alterações no Enem 2024: confira as mudanças e os prazos de implementação

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Novo Enem: entenda as mudanças que serão implementadas no exame a partir de 2024 e o cronograma do MEC para adoção do novo currículo (Portaria 521, de 13 de julho de 2021).

O Ministério da Educação (MEC) anunciou o formato do Novo Enem, que será implementado a partir de 2024 e tem como intuito acompanhar as mudanças do Novo Ensino Médio. A reformulação do exame, que avalia o aprendizado dos(as) estudantes nos três últimos anos da educação básica e cuja nota é utilizada para o ingresso no Ensino Superior, era debatida e esperada por escolas e sistemas de ensino de todo o Brasil desde 2017, quando foram anunciadas as medidas que compõem o Novo Ensino Médio.

Entre as principais novidades e mudanças no Enem 2024 está: aplicação da prova em duas etapas, divididas em Formação Geral Básica (FGB) e Itinerários Formativos. Com o redesenho, o exame também deve se tornar ainda mais interdisciplinar e contextualizado, com foco nas habilidades e competências. Apesar das transformações anunciadas pelo MEC, o Novo Enem ainda está em construção, já que o Inep ainda deverá definir a matriz de referência da avaliação e o formato das questões. Em 2022 e 2023, o Enem segue o mesmo formato das avaliações aplicadas nos anos anteriores.

Outra mudança está na inserção das questões abertas ou discursivas e na personalização da prova em blocos, que poderão ser escolhidos pelo(a) estudante de acordo com o curso superior que ele deseja cursar. Serão quatro blocos e cada um deles combina duas áreas do conhecimento que refletem os eixos estruturantes dos Itinerários Formativos. Isso significa que, por exemplo, um(a) candidato(a) ao curso de Medicina deverá escolher as questões de Ciências da Natureza e suas Tecnologias e de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, que formam um dos blocos.

Para compreender ainda mais as mudanças anunciadas até aqui e também para conhecer a proposta Geekie One para o Novo Ensino Médio, confira o infográfico a seguir.

Se preferir, você pode baixar este infográfico em pdf. Fica mais fácil fazer anotações além de poder ampliar e reduzir a visualização pelo celular. Clique no banner abaixo para baixar sua versão.

Cronograma de implantação do Novo Ensino Médio (Portaria 521, de 13 de julho de 2021)

O Ministério da Educação (MEC) anunciou, em 14 de julho de 2021, o Cronograma Nacional de Implementação do Novo Ensino Médio e da atualização da matriz de avaliação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), instituído por meio da Portaria 521, de 13/7/21

Desde sua aprovação, em 2017, as medidas que compõem o Novo Ensino Médio vêm sendo aplicadas, e a transição deve estar completa em 2024, quando os novos referenciais deverão ser seguidos nas redes públicas e nas escolas particulares de todo o país. Essas mudanças, consequentemente, vão impactar o Enem, que será reformulado de acordo com as novas diretrizes.

O processo já começou e agora é aguardado quando será concluída a proposta das novas matrizes de avaliação pelo Inep, com a publicação da respectiva regulamentação do exame. Em 2024, as provas já serão aplicadas de acordo com as novas diretrizes, mas sua construção e características do novo modelo ainda estão em debate.

Além de estabelecer as datas das mudanças no Ensino Médio e no Enem, a portaria também determina prazos para a entrega de materiais do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) e para a atualização das matrizes do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb)

Acompanhe o cronograma do plano de execução, ano a ano:

2020

  • Novo EM: elaboração dos referenciais curriculares pelos estados, contemplando a BNCC e os itinerários formativos.

2021

  • Novo EM: aprovação e homologação dos referenciais curriculares pelos Conselhos de Educação de cada estado e formações continuadas dos professores;
  • Enem: elaboração e consolidação da versão preliminar das matrizes de avaliação das quatro áreas de conhecimento para a formação geral básica e para os itinerários formativos.

2022

  • Novo EM: implementação dos referenciais curriculares no 1º ano do Ensino Médio
  • Redes de ensino devem encaminhar ao MEC os referenciais curriculares alinhados à BNCC até fevereiro de 2022;
  •  PNLD: escolha e distribuição, por área de conhecimento, das obras de formação continuada de docentes e dos recursos educacionais digitais;
  •  Saeb: definição da estrutura e validação pedagógica das matrizes, preparação das versões preliminares e elaboração do documento básico;
  • Enem: validação pedagógica das matrizes das quatro áreas do conhecimento, para a formação geral básica e os itinerários formativos, e elaboração da versão final; elaboração do documento básico do exame; e publicação da portaria do Enem, conforme as diretrizes do Novo Ensino Médio.

2023

  • Novo EM: Implementação dos referenciais curriculares nos 1º e 2º anos do Ensino Médio;
  • PNLD: escolha e distribuição das obras literárias;
  • Saeb: elaboração dos itens, montagem e aplicação dos pré-testes.

2024

  • Novo EM: implementação dos referenciais curriculares em todos os anos do Ensino Médio;
  • PNLD: escolha e distribuição dos materiais e recursos didáticos para os itinerários formativos;
  • Saeb: análise dos resultados dos pré-testes, validação e publicação das novas matrizes de avaliação;
  • Enem: aplicação do exame conforme as diretrizes do Novo Ensino Médio.

2022 a 2024

  • Novo EM: Monitoramento da implementação dos referenciais curriculares e da formação continuada dos profissionais da educação.
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Homologação nos estados

Para que o Novo Ensino Médio vigore a partir de 2022, conforme o Cronograma Nacional da Implementação, todos os estados e o Distrito Federal devem concluir o processo de elaboração curricular até o fim deste ano. 

De acordo com dados de julho de 2021 do Observatório da Implementação da BNCC e do Novo Ensino Médio, 20 estados e o Distrito Federal haviam enviado seus currículos de referência para análise dos respectivos Conselhos de Educação. Doze deles (AP, DF, ES, MG, MS, MT, PB, PE, PI, SC, SE e SP) já estão aprovados e homologados, e seis (AL, BA, CE, MA, RN e RO) encontram-se em processo de consulta pública dos referenciais. 

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