Vocação profissional é assunto da escola, da família e do(a) estudante

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Como as famílias e escolas podem apoiar os(as) estudantes na descoberta profissional? Confira o que dizem especialistas sobre o assunto.

A vocação profissional é uma inclinação natural relacionada com competências, talentos, habilidades e interesses que direcionam as pessoas a escolherem e exercerem determinadas atividades em sua carreira. Mas, muitas vezes, as pessoas têm pouco conhecimento de si mesmas. Para a pedagoga e psicóloga Eliete Costacurta Quadros, é importante identificar as áreas de maior facilidade, por meio de um processo de reflexão diária no sentido de investigar e se perceber melhor com relação a:

  • O que me dá mais prazer?
  • O que me inspira?
  • Quais as atividades que me motivam mais? 
  • Que atividades eu faço melhor?
  • Quais são meus pontos fortes?
  • Quais são minhas habilidades?

“Fazer o exercício diário da reflexão e da escrita destas questões leva ao autoconhecimento e facilita a tomada de decisão mais acertada, na escolha da carreira”, conta Eliete. 

Família tem papel fundamental na descoberta de carreira dos(as) estudantes

Além do estudante, a família tem papel fundamental neste processo. A psicóloga e psicopedagoga, Daniela Jungles afirma que, hoje, o trabalho deve rimar com significado, realização, equilíbrio e prazer. E, claro, com vocação. Em poucas décadas, a busca por uma vocação profissional tornou-se assunto de todos, inclusive dos pais. Ela aponta algumas ações que a família pode adotar para auxiliar os filhos neste processo:

  • Converse sobre vocação para identificar suas motivações, seus interesses, suas paixões.
  • Seu papel é caminhar ao lado dele, passo a passo e sem cair no excesso de autoritarismo. Portanto, é inútil tentar abordar o assunto de sua orientação impondo-lhe uma discussão ou decidindo por ele. 
  • Não renuncie à sua condição de pai e mãe: não o deixe sozinho para enfrentar as escolhas que uma orientação exige. Tente manter um lugar justo entre esses dois excessos para manter um status de companheiro com seu adolescente.
  • Acompanhe-o em sua busca por informações: se o seu filho pensa em ser advogado, por exemplo, mobilize a sua rede para permitir que ele conheça profissionais que atuam na área que lhe interessam para que ele possa comparar sua ideia da profissão com a realidade. 
  • As feiras de profissões feitas pelas Universidades e Escolas Técnicas também é uma excelente forma de visualizar o caminho a ser percorrido para chegar nos seus objetivos.

Escolas também devem ser parceiras nesse processo

As instituições de ensino completam a equação para auxiliar na descoberta pela vocação. A escola pode ajudar de várias formas, como manter um diálogo aberto sobre o futuro profissional, promover rodas de conversas com profissionais de áreas e atividades que desenvolvam o autoconhecimento e incentivar os estudantes a pesquisarem sobre as profissões. Oferecer orientação vocacional com especialistas e realizar palestras com profissionais também pode fazer parte da programação.Mas, se a vocação mudar no meio do caminho? Eliete Quadros afirma que isso não deve ser um problema, mas um desafio. “Como a escolha da carreira se faz muito cedo, o jovem pode tomar decisões não tão assertivas, que podem levar à insatisfação com a decisão, desejo de realizar outras atividades profissionais e, consequentemente, direcionando-o a optar por mudar a sua escolha vocacional. Processos de mudança são sempre difíceis”, afirma. Ela recomenda que a realização desta mudança tenha como base uma pesquisa profunda na nova área de interesse,  com investimento na nova formação, conversa com outras pessoas que já vivenciaram experiência semelhante, um bom planejamento e, principalmente, o apoio de familiares.

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