Metodologia ativa é uma técnica de aprendizagem cooperativa baseada em pesquisa. Saiba como aplicar em sala de aula e confira um passo a passo
A metodologia ativa do quebra-cabeça é uma técnica de aprendizagem cooperativa baseada em pesquisa e permite que o(a) professor(a) seja capaz de se mover livremente entre os grupos, observando o aprendizado que está ocorrendo, ouvindo as discussões e as soluções de problemas e também tirando as dúvidas que os(as) estudantes possam ter.
Com a metodologia do quebra-cabeça, é dada a oportunidade aos(às) estudantes de se tornarem experts em um assunto em particular e de compartilharem esse conhecimento com seus pares.
E quando usar a metodologia? Ela pode ser usada para promover tanto o processo de estudo individual como o de compartilhamento de conhecimento com os(as) colegas. Isso requer que cada estudante compreenda o material trabalhado em um nível mais aprofundado para que possa se engajar em discussões, na solução de problemas e na aprendizagem.
Como a metodologia conversa com a jornada de aprendizagem e como fornece evidências?
O(a) professor(a) pode avaliar o time com base na síntese visual e/ou escrita das ideias-chave apreendidas nas “aulas” de cada participante especialista. A avaliação individual pode assumir a forma de questionário, prova, tarefa ou projeto para avaliar a compreensão de cada estudante sobre o conteúdo aprendido por meio da aprendizagem cooperativa em pequenos grupos.
Metodologia ativa do quebra-cabeça no passo a passo
Siga os três passos para aplicar a metodologia em sala de aula.
Divida os times de origem:
- Divida os(as) estudantes em pequenos grupos, dando a cada participante de cada grupo um número (1, 2, 3, 4… a depender do número de divisões do conteúdo). Esses grupos serão denominados times de origem.
- Dê a cada estudante um conceito ou tópico – sua “peça do quebra-cabeça” – para se especializar.
- Os(as) estudantes ganham tempo para estudar seu tópico de maneira independente, sintetizando as informações e determinando as ideias-chave. Eles(as) podem registrar seus pensamentos no caderno ou no Geekie One.
Este primeiro passo da rotina do quebra-cabeça também pode fornecer uma oportunidade para aplicar a metodologia da sala invertida. Os(as) estudantes podem estudar sua “peça” do “quebra-cabeça” em casa, preparando-se para a discussão com seus grupos de especialistas. Dessa forma, o(a) professor(a) pode definir o cenário para a rotina do quebra-cabeça em sala de aula. Por exemplo: criar times de origem e grupos de especialistas, atribuir a cada especialista seu tópico específico para estudar mais profundamente em casa, fornecer esquemas para anotar os aprendizados etc. Na aula a seguir, os(as) estudantes podem se reunir imediatamente com seus grupos de especialistas e iniciar o “quebra-cabeça” no passo 2.
Reúna grupos de especialistas:
- A seguir, peça que cada participante dos times de origem se reúna com os(as) demais participantes dos outros times de número semelhante ao seu e que estão se aprofundando no mesmo tópico. Serão formados novos grupos com estudantes de mesmo número (todos(as) de número 1 se reúnem, todos(as) de número 2 etc.). Eles serão chamados de grupos de especialistas.
- Da mesma forma que a estação de colaboração em rotação por estações, cada grupo de especialistas trabalhará em conjunto para aprofundar seu conhecimento de sua “peça” do “quebra-cabeça”. Por exemplo: anotações são comparadas, perguntas esclarecedoras são feitas, ideias-chave são determinadas, diferentes perspectivas são compartilhadas, conclusões são feitas de forma colaborativa etc.
- O objetivo do grupo é determinar colaborativamente o melhor jeito de explicar sua peça do “quebra-cabeça” aos seus times de origem. Por exemplo, o grupo pode usar uma rotina de pensamento ou um mapa mental para sintetizar seu aprendizado de uma maneira significativa.
Volte aos times de origem:
- Reportar de volta ao seu time: Cada participante especialista explica a sua parte do quebra-cabeça ao seu time de origem, garantindo que cada pessoa tenha entendido o material apresentado. Cada especialista terá um tempo para dar a sua “aula”. Lembre a cada participante de registrar os novos aprendizados no caderno e faça perguntas para esclarecer sua compreensão do material apresentado. Escolha uma pessoa para marcar o tempo. Por exemplo: cada participante especialista terá 5 minutos para dar a sua “aula”.
Discussão com time: ao final das apresentações dos(as) especialistas, chega o momento em que os times de origem devem fazer uma conexão entre cada uma das explicações, para que todos(as) os(as) estudantes possam perceber como cada parte apresentada forma um todo maior. Os times podem criar uma representação visual e/ou usar uma rotina de pensamento para sintetizar os novos aprendizados. Se houver tempo ao final da aula, cada time apresentará sua aprendizagem para a turma.