Pais percebem o potencial das soluções tecnológicas para engajar seus filhos nos estudos; a questão é escolher o pacote certo e comunicar isso de forma eficiente
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Falar de geração Y já parece discurso do passado diante da geração touch, que navega pelo mundo ao toque dos dedos em tablets e smartphones. Os pais, eles mesmos ávidos pela tecnologia, percebem o potencial que ela tem de engajar seus filhos nos estudos. É natural que esse público pressione escolas a adotarem soluções digitais, mas em muitas delas a equação investimento em tecnologia = aumento de matrículas ainda não fecha. Por quê?
Porque todo mundo sabe que esse investimento é um diferencial de vendas, mas muitos ainda não têm certeza sobre o que fazer e como fazer. Para o gestor, porém, encarar de frente essa questão pode virar fator de sobrevivência. O motivo é óbvio. Em qual escola você prefere matricular seu filho: a que combina conteúdo preparado por especialistas de primeira linha a serviços oferecidos por professor particulares e cursinhos (tudo isso a um custo mais baixo) ou a que não tem nada disso?
Pensando grande
Paradoxalmente, quem embarcou mais tarde na onda digital tem hoje a chance de pegar atalhos. Foi o que ocorreu com o Decisão, colégio de médio porte (tem perto de 700 alunos) da zona sul de São Paulo. A escola, que até recentemente nem tinha laboratório de informática, criou este ano um projeto piloto para vender como serviço adicional aos pais o acesso à plataforma da Geekie, como uma combinação de aulas de reforço e cursinho pré-vestibular. O pacote inclui atividades criadas pelo colégio, como aulas de orientação para a escolha de carreira.
“Começamos um projeto piloto com nossos melhores alunos, para que eles depois divulguem para os colegas. Cerca de 80% dos pais que consultamos concordaram em pagar pelo serviço”, conta o gestor do Decisão, Gabriel Alves. “Os estudantes vêm à escola duas vezes por semana no contraturno. Eles não faltam, porque gostam da atividade.”
O Decisão está ampliando as instalações físicas para incluir mais alunos no projeto e ampliar sua visibilidade no período de matrículas, no fim do ano. “O momento pós-venda tem sido interessante, porque outros pais e alunos já se interessaram pelo projeto. Do ponto de vista da escola também ganhamos em outro aspecto, na nossa margem. É quase como se tivéssemos aberto um novo curso.”
‘O pai percebe o valor’
Para Alves, atrair e reter alunos depende de um fator básico: a escola conseguir comunicar para o público interno e externo que conta com ferramentas para o aluno trabalhar suas defasagens de conhecimento e mapear o que precisa fazer para entrar em uma boa universidade. “A plataforma da Geekie fala a linguagem do aluno, a digital. Além disso, nela o meu estudante aprende com professores que poderiam estar dando aulas no Bandeirantes ou no Móbile. O pai percebe o valor disto.”
Formado em Comunicação pela ESPM, com pós em Finanças pelo Insper e um período de estudos em Administração na Universidade Nebrija, na Espanha, Alves é um gestor com perfil diferente do tradicional. Não só por ter apenas 26 anos, mas pela experiência de seis anos no mercado financeiro, como sócio de uma gestora de investimentos.
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Jogo de ganha-ganha
Alves assumiu este ano a administração do Decisão – os pais, mantenedores do colégio, continuam cuidando da parte pedagógica – atraído exatamente pelo “momento de transformação” vivido na educação. “São vários fatores que contribuem para isso, não só a inovação tecnológica. A dinâmica dentro da escola, as funções que cada um exerce dentro dela, tudo está mudando muito rapidamente.”
Com esse olhar que vem de fora, Alves acredita que falta a muitas escolas entender o atual estágio da onda digital para atrair mais matrículas. “Várias delas ainda se concentram no hardware (tablets, lousas digitais, projetores) quando o principal hoje é o software. Prefiro investir nisso 90% do meu tempo”, diz. “Quem acerta na solução tecnológica agrega valor para o pai e tem benefícios como melhorar a posição no ranking do Enem, algo cada vez mais importante. É um jogo de ganha-ganha.”
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