Enem 2022: como Geekie One e Geekie Teste potencializam os resultados de estudantes de todo o Brasil

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Conteúdos que apareceram nas questões do Enem 2022 em Ciências Humanas e Linguagens e Códigos estavam sempre presentes nos simulados e no conteúdo didático do Geekie One. Aderência do Geekie Teste foi de mais de 86% em Linguagens e Códigos

Durante 2022, os alunos e alunas das escolas parceiras Geekie One participaram de quatro aplicações do simulado Enem Geekie Teste e se prepararam para o Enem, realizado nos dias 13 e 20 de novembro. Mais uma vez, os conteúdos cobrados nas provas estavam no material Geekie One e também nos simulados

No primeiro dia de prova, por exemplo, em Ciências Humanas, a aderência do Geekie Teste foi de 82,2%. Em Linguagens e Códigos o percentual foi ainda maior, com 86%. 

Além da grande cobertura que os simulados deram para os estudos de alunos e alunas das escolas parceiras, os conteúdos que apareceram nas questões do primeiro dia de aplicação da prova também estão presentes no Geekie One. A questão 24 do caderno rosa, por exemplo, envolveu os assuntos redes sociais, influenciadores digitais e socioemocional, que é abordado nos capítulos da Unidade Curricular Educação Digital. Veja, a seguir, um exemplo do capítulo “Retoques na Realidade”. 

De acordo com a Designer Pedagógica da Geekie, Débora Pretti, a questão 22, também da prova rosa, trouxe também conteúdos abordados pelo Geekie One na Unidade Curricular Cidadania Digital, no capítulo “Criatividade e autoria na web”. A pergunta falou sobre o termo ready-made, criado por Marcel Duchamp, e propõe uma relação da instalação In absentia com o ready-made Roda de Bicicleta, com o intuito que o estudante conclua que as as criações desmistificam os valores estéticos estabelecidos.

Também segundo Débora, outra questão, a 23 da prova rosa, falou como Chico Sience foi fundamental para a música pernambucana devido a integração de referenciais culturais de diferentes origens, criando uma nova combinação estética. Para responder a questão, os estudantes precisaram selecionar recursos criativos de diferentes linguagens para participar de projetos e/ou processos criativos, além de identificarem e explicarem questões socioculturais e ambientais por meio de práticas de linguagem. E essa habilidade foi proporcionada pelo capítulo “Contando histórias e criando narrativas por meio da arte”, de Comunicação: Corpo e Linguagem.

O Designer Pedagógico da Geekie, Jaques Leone, também comparou alguns conteúdos do Geekie One com as questões cobradas na prova. Em Ciências Humanas, Jaques destaca a pergunta 50, que abordou o conceito de interseccionalidade. De acordo com Jaques, a Unidade Curricular Sociologia da Diferença também dialoga com o conceito de interseccionalidade. “No capítulo ‘Marcadores sociais da diferença’, a reflexão intitulada ‘Nem todo mundo é afetado do mesmo modo’, nos permite perceber como as pessoas podem ser afetadas por um ou mais marcadores sociais, o que gera vários sistemas de opressão (as de raça ou etnia, classe social, capacidade física, localização geográfica, entre outras), que relacionam-se entre si e se sobrepõem”, afirma o designer.

Ainda em Ciências Humanas, outro exemplo de conteúdo Geekie One apareceu na questão 64. A pergunta trouxe um trecho do livro “Quarto de Despejo” da escritora Carolina Maria de Jesus. “O trecho menciona que uma série de políticas derivadas do passado escravista brasileiro se refletem diretamente em nossa realidade atual. Assim, a alternativa correta é a letra A, que identifica o “racismo estrutural” como característica da sociedade brasileira”, diz Jaques. A Unidade Curricular “Sociologia da Diferença”, um núcleo de estudos da área de Ciências Humanas do Geekie One, apresenta essa característica da sociedade brasileira relacionando o conceito à questão da empregabilidade da juventude negra. No capítulo “Empregabilidade e Juventude”, o conceito de racismo estrutural é analisado para potencializar o estudo de casos sobre a desigualdade racial dentro do mercado de trabalho. “Sugerimos uma prática ativa intitulada “Expressando ideias: A abolição não foi o fim”, para que através de pesquisas os(as) estudantes possam promover reflexões e a construção do conceito a partir de uma análise histórica para identificar quais outras formas sistemáticas de exclusão advindas do passado brasileiro se refletem na configuração social de hoje”, acrescenta.

Confira agora a análise que a equipe de Avaliações da Geekie fez sobre os conteúdos que apareceram com destaque no Enem 2022

Ciências Humanas e suas Tecnologias: abordagem interdisciplinar

Em 2022, a prova de Ciências Humanas e suas Tecnologias do Enem deu maior destaque às disciplinas de Sociologia — com perguntas voltadas à análise de problemas sociais e à valorização do patrimônio cultural nacional — e Geografia — com foco na questão urbana e no espaço rural como meio produtivo, assim como a abordagem de aspectos físicos do território brasileiro. Outro ponto de destaque no exame foi a retomada da abordagem interdisciplinar, principalmente entre os componentes curriculares de História, Geografia e Sociologia.

Geografia: com relação à Geografia, a temática físico-natural foi abordada a partir da perspectiva comum de integração do meio natural com as ações humanas, demandando a proposição de soluções para problemas agrícolas relacionados às características dos solos, compreensão das consequências da ocupação urbana no ciclo hidrológico e também a identificação espacial dos recursos minerais. 

Ainda com relação à temática físico-natural, o exame apresentou uma presença maior de mapas e esquemas do que nos anos anteriores, demandando do(a) estudante a habilidade de espacializar os fenômenos naturais. Na prova, também observou-se a abordagem de assuntos recorrentes nas aplicações anteriores, como hidrologia, formações rochosas e agentes formadores do relevo.

Segundo a equipe de Avaliações da Geekie, outro ponto de destaque no exame foi a temática relacionada à geopolítica e aos blocos econômicos. Houve a presença de assuntos como a anexação da Crimeia à Federação Russa e a intenção de expansão da influência estadunidense em regiões com grande potencial econômico, temas bem atuais. A globalização foi abordada a partir da questão da reestruturação do espaço produtivo em escala mundial, bastante presente em edições anteriores.

A temática sobre Geografia Agrária, além do enfoque físico-natural anteriormente citado, também tratou de questões sociais nessa edição. Foi demandada dos(as) estudantes a identificação da importância produtiva do espaço rural e a compreensão do impacto de políticas públicas direcionadas às populações tradicionais.

Filosofia: sobre o componente curricular de Filosofia, mantiveram-se assuntos já abordados em edições anteriores, sendo eles: Origem da Filosofia, a partir do pensamento sofista, e Filosofia Grega, com enfoque nos filósofos pré-socráticos e helenísticos.  

A Filosofia Política também foi abordada a partir dos escritos de Hannah Arendt e Michel Foucault, sendo cobrados, respectivamente, a compreensão da linguagem enquanto elemento central na construção da sociabilidade e o papel da medicina na condição de um corpo de conhecimento que compõe a sociedade disciplinar a partir da segregação dos corpos considerados doentes.

Outro destaque referente ao componente curricular de Filosofia foi com relação ao tema da Arte enquanto forma de pensamento, abordado a partir dos escritos de Gilles Deleuze e Maurice Merleau-Ponty, cobrando a compreensão de que esse conhecimento é baseado na esfera da sensibilidade. 

História: a respeito do componente curricular História, a aplicação de 2022, seguindo a mesma tendência do exame anterior, abordou principalmente diversos momentos da história do Brasil, desde o período colonial até a contemporaneidade. Com relação ao momento no qual o Brasil era colônia de Portugal, a prova tratou da questão da escravidão, em que a medicina era aplicada segundo os interesses econômicos das elites, e da atuação da Igreja católica como instituição voltada à padronização dos comportamentos dos colonos.

Com efeito, o exame deu destaque ao século XIX no Brasil, com ênfase nas questões sociais desse período. Em primeiro lugar, a prova analisou o problema do letramento e da educação das mulheres durante o Império, ressaltando a sua importância para a consolidação da literatura nacional, assim como as discussões políticas sobre a construção de um currículo para a educação feminina no país. Em segundo lugar, o exame tratou dos movimentos que passaram a se opor à Monarquia e das manifestações religiosas no sertão nordestino em torno dos milagres associados a Padre Cícero.

Ainda sob a perspectiva da história do Brasil, a prova discutiu a religiosidade sertaneja e a sua relação com o clima local na virada do século XIX para o XX, o papel repressor do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) durante o Estado Novo e a análise das práticas tradicionais das paneleiras capixabas na contemporaneidade.

Diferentemente do exame anterior, na aplicação de 2022, a disciplina de História deu pouca ênfase à História Geral, se restringindo a explorar as características principais das populações pré-colombianas, o assistencialismo do Estado na Primeira Idade Média, as raízes históricas do Primeiro de Maio na Europa e as potencialidades científicas da chamada cultura material. 

Sociologia: o que mais surpreendeu na prova de 2022, em relação à aplicação do ano anterior, foi o maior espaço dado ao componente curricular de Sociologia. Quanto aos temas abordados, seguindo a mesma tendência da aplicação de 2021, as questões se dedicaram principalmente aos problemas sociais que afetam o Brasil e ao patrimônio cultural indígena.    

Sobre os problemas sociais brasileiros, o exame tratou do racismo e do desemprego estruturais, este último ocasionado pela substituição da força de trabalho humana por máquinas. Ainda sob essa temática, a prova também abordou a exclusão social e o perfil demográfico do contingente abaixo da linha da pobreza no país, assim como a questão do feminicídio, explorada no exame por meio de uma ilustração, que retrata os acontecimentos viciosos que colaboram para a ocorrência desse tipo de crime.

Para além dos problemas sociais, a disciplina de Sociologia abordou as tecnologias de comunicação como um instrumento de solidariedade; a conquista do direito à moradia, por meio da ocupação de áreas subutilizadas no Brasil; a identificação de práticas violadoras do Estado de direito; e, por fim, o patrimônio imaterial indígena, que sugere uma ligação cultural e afetiva entre o povo Kambeba e os rios.

Percentual de aderência do Geekie Teste na área de Linguagens e Códigos foi de 86,0%

Na prova de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, aplicada no dia 13 de novembro, as línguas estrangeiras — assim como os demais componentes dessa área — trabalharam temáticas de cunho cultural e social, prática já tradicional do Enem. 

Inglês e Espanhol: em Inglês, houve uma ênfase na temática da relação entre o ser humano e a tecnologia, principalmente como esta afeta as relações e os comportamentos, uma vez que foi citada (mesmo que não explicitamente trabalhada) em três das cinco questões.

Em Espanhol, quando comparadas com as de Inglês, as temáticas sociais foram abordadas de modo mais diverso — os textos trataram do peso da maternidade durante a pandemia, da situação de crianças de rua, da importância da defesa de línguas indígenas e do controle das tecnologias sobre nós.

Os conhecimentos trabalhados em ambas as línguas foram, de modo geral, interpretação de texto e identificação do objetivo do texto, o que já é comum nas questões de línguas estrangeiras do Enem. Os gêneros textuais apresentados na prova foram relativamente diversos, com o uso de propagandas públicas, poemas, relatos pessoais e notícias. O apelo visual foi menor neste ano, particularmente em inglês, em que apenas uma questão trabalhou a relação entre linguagem verbal e não verbal por meio de uma tirinha, enquanto nas questões de espanhol foram apresentadas uma publicidade e uma postagem em redes sociais com linguagem não verbal.

Arte: Já as questões de Arte foram todas voltadas à Idade Contemporânea, com exceção de uma, que tratou de aspectos do Maneirismo, do século XVII. As demais temáticas presentes na prova se relacionaram com a arte para além do que se entende como arte tradicional: houve questões sobre o Minimalismo e sobre o ready-made, movimentos artísticos notadamente transgressores, assim como o manguebeat, fruto de uma mistura de elementos artísticos e musicais, originado no Recife. É interessante notar que, nas questões deste componente, foram abordados modos de fazer artísticos diferentes, desde os tradicionais, como pintura, escultura e música, até as instalações contemporâneas.

Educação Física manteve o padrão habitual de ressaltar a relação entre as atividades físicas e as questões sociais. Foram trabalhadas a temática da representatividade feminina nos esportes, a necessidade de ações políticas para o incentivo da prática de atividades físicas como forma de promoção de saúde e a carência de organização social que reflete em violência nos esportes. Apenas uma questão não esteve relacionada a questões sociais, trabalhando a origem do esporte de aventura mountainboard

Língua Portuguesa: em Português, área responsável pelo maior número de questões de Linguagens da prova do Enem, foi perceptível a presença maciça de textos literários, diversificados em relação às suas autorias e origens cronológicas, visto que há trechos das mais variadas escolas: romântica, realista e modernista, com autores como Machado de Assis, Maria Firmina dos Reis e Clarice Lispector, e também contemporânea, com autores bem atuais, como Antonio Prata e Fernanda Torres.

Os textos que compõem as questões mostraram marcadamente uma tendência à prosa literária (contos e romances). Ainda que nem todas as questões tenham tratado do fazer literário ou de escolas literárias, muitos desses trechos foram escolhidos como suporte para trabalhar outros assuntos, como a interpretação ou a construção do texto. Dessa forma, nota-se que a prova segue a tendência do ano passado ao trabalhar mais com textos verbais, com menos questões que lidavam com a linguagem não verbal. Ainda assim, há uma considerável diversificação de gêneros, já que estão presentes notícias, publicidades, trechos de um guia, canção, artigo de opinião, artigo de pesquisa, resenha crítica sobre filme, entre outros.

A prova de Linguagens do Enem tem como tradição a abordagem de problemáticas sociais. Na prova deste ano, esse padrão manteve-se presente: foram trabalhadas diversas temáticas de relevância social, como a questão da mulher (tanto sua valorização no meio científico como os estereótipos de gênero), problemas relacionados ao mundo digital (acessibilidade, educação de crianças nativas digitais e a relação entre redes sociais e saúde mental), questões relacionadas a animais domésticos (adoção e vacinação), a administração de gastos públicos e a necessidade da preservação de patrimônios culturais e linguísticos.

Com relação aos assuntos abordados, percebe-se que a adequação da linguagem atrelada ao seu contexto de uso foi bem marcante na prova, trabalhada tanto em artigos de opinião quanto em textos literários. Nesse âmbito, foram abordadas também a formalidade da linguagem e a norma-padrão. Outro assunto recorrente foi a respeito da forma como a progressão textual se realiza, ou seja, o modo como as palavras se encadeiam para apresentar diferentes efeitos de sentido de acordo com o objetivo do texto. Além desses, também estiveram presentes assuntos já comuns e tradicionais do Enem, como interpretação de texto — pela identificação de ideias, intenção do(a) autor(a) ou a função social exercida pelo trecho em questão — e abordagem das características de importantes períodos literários brasileiros com base no texto trazido pela questão.

Em geral, a área de Linguagens e Códigos seguiu as tendências comuns do Enem em relação a assuntos e temáticas esperados, não havendo grandes divergências dos anos passados.

Enem 2022

Redação 2022 trouxe novamente assunto de relevância social

Como já é esperado do Enem, a redação de 2022 traz um assunto de relevância social nacional com o tema “Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais do Brasil” e pede uma proposta de intervenção do(a) estudante.

Para auxiliar a escrita, há quatro textos motivadores que discorrem sobre alguns dos 26 povos tradicionais oficialmente reconhecidos, sua relação com a terra e a natureza, e os aspectos políticos e geográficos acerca dessas comunidades, além de uma carta escrita por representantes desses povos para a 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas.

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