A educação inclusiva é essencial para que a escola possa oferecer um modelo de ensino mais adequado à Nova Era da Educação. Isso inclui, dentre outras coisas, dar aos(às) estudantes melhores condições de compreender e entender os conteúdos.
Conforme explicou Jaques Leone, mestre em História e Designer Pedagógico na Geekie, é preciso respeitar a individualidade das crianças: “(…) elas precisam ser respeitadas diante a sua individualidade para que a equidade aconteça de verdade. Aqui na Geekie, acreditamos muito nessa igualdade na oportunidade de aprendizagem.”
Neste artigo, vamos nos aprofundar na educação inclusiva, tema do Circuito Geekie realizado em 29 de março.
O que é educação inclusiva?
A educação inclusiva ganha cada vez mais espaço nas escolas. Isso porque tem como principal objetivo garantir o acesso, a permanência e as condições de aprendizagem para todas(os), inclusive aqueles(as) com deficiência. Dessa forma, a premissa básica da educação inclusiva é garantir que cada estudante seja contemplado(a) durante o processo de ensino.
Mas, afinal, como podemos isso pode ser feito na prática? Conforme foi apontado no Circuito Geekie, há três barreiras que precisam ser vencidas: desconstruir o preconceito estrutural, destacar o saudável e perguntar-se “como se aprende?”.
Ao longo do texto, vamos explorar melhor estas três barreiras e entender como vencer cada uma delas.
Cada estudante, uma forma de aprender
A forma como cada criança ou jovem aprende é influenciada pela função cognitiva, entre outras coisas. Por isso, os(as) estudantes desenvolvem diferentes formas de aprender, de acordo com as suas vivências e habilidades.
Alysson Ribeiro, mestre em Matemática pela UFABC e especialista em educação especial, destacou no Circuito Geekie como adaptar a aplicação dos conteúdos para os(as) alunos(as) pode potencializar suas experiências.
“Ao passar o conteúdo na lousa, alguns alunos(as) já entenderam o assunto. Alguns vão entender depois que eu explicar. Outros alunos(as) não entenderam, então vou ter que sentar, explicar com mais calma, de outra forma.”, ressalta Alysson.
O professor ainda ressalta que alguns estudantes podem precisar de outras estratégias e ferramentas para absorver a matéria.
3 estratégias para garantir um ensino personalizado e inclusivo
Para garantir uma metodologia de ensino mais abrangente e que permita que todos(as) tenham seu direito de aprender respeitado, é importante que se adote diversas estratégias.
É preciso, como mencionado anteriormente, superar barreiras para alcançar uma educação mais inclusiva. Isabel Parolin, mestre em psicologia da educação pela PUC-SP, trouxe durante a palestra “três barreiras que precisamos vencer para a inclusão escolar se tornar instrumento de equidade”.
Desconstruir o preconceito estrutural
Enfrentar as diferentes formas de preconceito é uma das principais lutas da sociedade atual. Sendo assim, o preconceito estrutural também é um desafio para alcançar a educação inclusiva, em especial quando falamos de capacitismo.
Isabel Parolin reforça a ideia de que “o preconceito gosta de andar em grupo”. Ou seja, expressar uma forma de preconceito, mesmo que sutil, pode mostrar uma intolerância sobre outros temas, o que é um problema para a educação inclusiva.
Dessa forma, a palestrante sugere que haja uma vigilância contínua sobre nós mesmos, sobre a escola e a comunidade, a fim de detectar tais ações e coibi-las.
Destacar o saudável
Uma outra questão destacada por Isabel como barreira para a educação inclusiva é o foco que se dá a deficiência, a limitação. A palestrante ressalta que devemos fazer o caminho inverso, valorizar os aspectos saudáveis, os pontos fortes de cada aluno(a).
“Nós temos que procurar naquela pessoa o que é saudável nela. Porque o que é saudável nela será instrumento para nós (educadores) para chegar na dificuldade.”, ressalta Isabel.
A partir desta valorização dos aspectos positivos, o(a) educador(a) pode estabelecer um ponto de conexão com o estudante. E através dessa conexão com o(a) aluno(a) é possível encontrar formas de transmitir o conteúdo de maneira acessível.
Ao invés de perguntar porque não aprende, perguntar como se aprende
A terceira ação necessária para alcançar a educação inclusiva é descobrir qual a melhor forma para educar cada aluno(a). Conforme apontou a mestre em psicologia da educação, ao invés de focar na dificuldade que o(a) estudante apresenta, entender qual é a melhor forma de aprendizado para aquela situação pode trazer melhores resultados.
De acordo com Isabel, “esse é o caminho que nos dá condições de descobrir e ter maior eficácia nos processos inclusivos, para que a criança realmente aprenda”.
Outro ponto importante sobre entender como ensinar da melhor forma foi trazido por Jaques Leone, quando ele menciona que cada criança é diferente, mesmo que tenham o mesmo tipo de dificuldade. “Essas pessoas precisam ser respeitadas, diante sua individualidade, para que a equidade aconteça”, aponta Jaques.
Relatos de sucesso com ensino personalizado
Atenção individual a cada estudante
Um dos exemplos que podemos trazer de ensino personalizado para oferecer uma educação inclusiva é do colégio Winnicott, parceiro da Geekie.
Fundado há mais de 25 anos, o colégio percebeu ao longo do tempo que era preciso oferecer uma solução para alunos(as) que obtinham notas muito boas em algumas disciplinas e baixas em outras.
Sendo assim, Elizabeth Polity e Lucila Moss, diretoras do colégio Winnicott, relatam que passaram a valorizar não apenas as competências intelectuais e acadêmicas, mas também as competências socioemocionais. E para que isso fosse possível, a escola passou a oferecer materiais de aula personalizados, atendendo às diferentes necessidades.
Além disso, Lucila conta que o suporte do Geekie One, que torna a organização das aulas mais dinâmica, e turmas com até 10 alunos(as) foram essenciais para oferecer uma educação inclusiva.
Flexibilização do plano de aula
Durante o circuito Geekie, Jaques Leone trouxe um outro relato sobre como o ensino personalizado pode promover uma educação inclusiva. Ele abordou como a flexibilização do plano de aula pode ser enxergada como um tabu, mas que é essencial.
Em sua fala, ele relata que a flexibilização do plano de aula não se trata de planejar uma aula para cada estudante, mas sim uma pluralização do conteúdo. Jaques diz que isso se trata de observar a conexão dos conteúdos com a realidade dos(as) alunos(as), como os(as) estudantes aprendem, e a partir disso promover as variações.
Atividades e recursos especializados disponíveis
Ao contrário do que muitos pensam, é possível oferecer um ensino personalizado utilizando os recursos disponíveis. E foi isso que o professor Alysson Ribeiro mostrou em seu relato.
Durante sua atuação como professor de matemática, Alysson criou ferramentas, como jogos e tabuleiros, para que estudantes com TEA (Transtorno do Espectro Autista) e com deficiência visual, pudessem desenvolver as atividades em sala de aula.
Ao final dos três anos que ofereceu esse formato de ensino para os(as) estudantes, Alysson conta que estes alcançaram o mesmo nível de aprendizagem obtido pelos(as) colegas.
Conte com a Geekie para oferecer uma educação inclusiva
Como pudemos acompanhar ao longo deste artigo, com a colaboração de todos os envolvidos na comunidade escolar, é possível oferecer um ensino personalizado e estabelecer uma educação inclusiva.
Para dar o melhor suporte nesse sentido, o Geekie One respeita e se adapta às realidades com jornadas personalizadas para cada instituição, baseadas em seus principais desafios.
E para auxiliar os docentes, na plataforma é possível planejar suas aulas e exercícios de forma flexível e com conteúdos próprios.
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