Avaliações constantes, baseadas em dados e evidências, permitem intervenções pedagógicas mais assertivas e favorecem a aprendizagem

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Para Claudio Sassaki, CEO e cofundador da Geekie, temos a oportunidade de sair de uma mentalidade de avaliação somativa, feita ao final de cada período, para um processo avaliativo formativo em tempo real

Cofundador e CEO da Geekie, Claudio Sassaki, falou sobre “O futuro da avaliação: novas sistemáticas e possibilidades” durante um evento voltado para o aperfeiçoamento de gestores educacionais. 

Durante o encontro, que discutiu os caminhos e os desafios com os quais os(as) educadores(as) estão se deparando diante do novo perfil do(a) estudante e das mudanças que estão ocorrendo no universo da educação, Sassaki apontou que a pandemia da Covid-19 acelerou uma mudança que era inevitável nas escolas, não somente em relação à transformação digital, mas trazendo também um novo olhar para o engajamento dos(as) alunos(as) e para a efetividade do processo de ensino e aprendizagem.

A sala de aula rompeu suas fronteiras

A sala de aula, ao romper as fronteiras da escola e se deslocar para a casa das pessoas, expôs de forma mais evidente, sobretudo para as famílias, tanto as fortalezas quanto as fragilidades do processo educativo. 

“Em geral, as famílias deixavam seus(suas) filhos(as) na escola e não viam a jornada de aprendizagem acontecendo. O que eles percebiam era apenas algum tipo de tangibilização do processo de aprendizagem, como as notas e o boletim. Agora, isso fica mais visível, pois passamos a acompanhar nossos(as) filhos(as) de camarote”, disse o CEO, que também é pai de quatro filhos. 

Segundo ele, esse fator muda tudo. Se antes a escola ficava restrita a um determinado espaço físico, agora ela passa a acontecer de qualquer lugar, onde o(a) aluno(a) estiver. O processo de aprendizagem, que até então era obscuro para as famílias, torna-se transparente e explícito. 

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Socioemocional, avaliação e tecnologias no novo cenário da educação

Ao aspecto acadêmico, que anteriormente era o único associado a uma boa escola, juntam-se o socioemocional, tendo em vista as dificuldades que todos estamos passando, e o digital, pois, sem tecnologia, o processo de aprendizagem teria sido interrompido. “E a expectativa das famílias, que antes estava relacionada aos(às) filhos(as) assistirem às aulas, agora volta-se mais para a questão de eles(as) estarem ou não aprendendo de fato.” 

Nesse contexto, de acordo com ele, a avaliação pode ganhar um papel ainda mais relevante para suprir as lacunas de aprendizagem – que sempre existiram, mas que se acentuaram nesse período – estimular as jornadas educativas de cada estudante e contribuir para o avanço da educação como um todo. 

“A pergunta é que alternativas temos e o que podemos usar de ferramentas de avaliação para potencializar as qualidades de cada um(a) e ajudar nas dificuldades, já que os(as) estudantes tiveram condições de estudo atípicas e desiguais”, questionou. Para Sassaki, um dos caminhos possíveis é sair do lugar do achismo e trazer evidências que suportam uma análise mais consistente e permitem intervenções pedagógicas mais assertivas. 

Temos uma oportunidade incrível de sair de uma mentalidade de avaliação somativa, realizada ao final de um período, para de fato fazer um processo avaliativo e formativo. Acho que é o sonho de todo(a) educador(a) ter a possibilidade de fazer as intervenções em tempo real e não esperar um ciclo ou um bimestre para ter clareza de como foi o processo de aprendizagem”, declarou.

Conheça o caso do Colégio Magister e como os dados do Geekie One têm auxiliado a gestão, coordenação e docentes:

Acompanhamento em tempo real e personalização do ensino

Sassaki fez então a seguinte provocação: 

“E se tivéssemos acesso a uma ‘tomografia’ semanal da jornada de aprendizagem de cada aluno(a), em que pudéssemos ter indicadores como o tempo médio em que ele(a) está estudando e trabalhando de forma produtiva para o seu aprendizado, a entrega de tarefas, projetos e trabalhos por componente curricular, o seu desempenho nessas atividades, enfim essa riqueza de informações das suas rotinas diárias. O que poderíamos fazer com informações como essas?”

Ele mostrou que esse tipo de dados, como relatórios semanais de acompanhamento, constam da Geekie One, a plataforma de educação baseada em dados da Geekie. 

“Ter uma visão geral apenas de presença, advertências e notas não é mais suficiente. É preciso acompanhar em tempo real a participação, o engajamento e o desempenho dos(as) alunos(as), não só nas provas, mas no dia a dia, e se o aprendizado e o desenvolvimento das habilidades associadas aos conteúdos estão mesmo acontecendo. E não importa se ele(a) está em casa ou na escola. A gente pode acompanhar cada um(a) independentemente de onde ele(a) esteja e em tempo real.” 

Por meio dessas ferramentas, as escolas conseguem agir de forma mais dirigida no cotidiano, fazendo melhor uso do tempo do(a) professor(a) e do(a) estudante. 

“Os indicadores, sejam por aluno(a), por turma ou por série, fornecem informações para gerar ações personalizadas. Elas não precisam, necessariamente, ser individuais, mas direcionadas para pequenos grupos, a fim de gerar planejamentos dinâmicos, que levem em conta as lacunas de aprendizagem. E, a partir disso, é possível trabalhar, por exemplo, com metodologias ativas, mas em cima de evidências concretas e não agrupando alunos(as) de forma aleatória.” 

Ele também ressaltou a vantagem do(a) educador(a) conseguir ter um olhar individual, pois cada estudante importa. “Não podemos continuar sabendo apenas quem são os(as) bons(as) alunos(as) e aqueles(as) que dão muito trabalho. Porque tem uma turma ali no meio que muitas vezes está invisível na jornada escolar e no processo de aprendizagem.”

Autonomia e protagonismo dos(as) estudantes

Além de ajudar o(a) docente na condução do processo de ensino e aprendizagem, esses recursos também favorecem a autonomia e a responsabilidade dos(as) alunos(as). “Como a gente pode ajudá-los(as) a se apropriarem do seu processo de aprendizagem se eles só têm um boletim ao final de cada ciclo de aprendizagem?”, indagou o CEO. “As informações disponíveis para os(as) estudantes em tempo real permitem que eles(as) tenham consciência do que está dando certo e o que podem fazer para melhorar.”

Sassaki explicou que os quase 10 anos de experiência com aprendizagem personalizada possibilitou lançar um algoritmo construído a partir do padrão de aprendizagem de mais de 12 milhões de estudantes.

“Usamos esse conhecimento acumulado para gerar um plano de estudo inteligente, personalizado e semanal em cima do que cada um(a) já estudou e precisa melhorar. Ele é organizado por dia da semana, nível de dificuldade e necessidades, não só daqueles que precisam de reforço, mas também o(a) aluno(a) de alto desempenho que também deve ser desafiado(a).”

O mesmo acompanhamento vale para as famílias, que podem ver a aprendizagem das crianças e adolescentes não só ao final de cada ciclo, mas semanalmente, por meio de relatórios. “Trazemos visibilidade e corresponsabilidade para as famílias com base em evidências”, afirmou Sassaki. Os relatórios mostram o envolvimento do(a) aluno(a) nas atividades, suas principais dificuldades e até sua evolução. Assim, a família poderá saber qual o melhor apoio para cada situação e participar da vida escolar de forma mais próxima e direcionada.

Sassaki destacou ainda que o aprender não passa só pelo aspecto cognitivo, mas também tem significado emocional e cria memórias e histórias. “Que a gente possa ver os resultados educacionais e as metas cumpridas, mas resgatando o prazer da superação e de aprender. Porque quando o invisível se torna visível, todo mundo brilha junto. A família pulsa, a escola pulsa e o(a) aluno(a) também brilha”, finalizou.

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