As avaliações EXTERNAS já são uma prática DENTRO da sua escola?

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Por mais contraditório que possa parecer, escolas e professores nunca gostaram de avaliações, pelo menos se fossem eles os avaliados.
O surgimento das avaliações externas oficiais, especialmente o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) e os tais rankings criados pela mídia, por mais questionáveis e discutíveis que sejam, mudaram o rumo desta “prosa”. As escolas se viram obrigadas a buscar referências que pudessem balizar o seu trabalho e o desempenho de seus alunos antes de serem carimbadas pelos meios de comunicação.
A entrada nas escolas dos simulados chamados “externos”, elaborados por empresas especializadas ou cursos pré-vestibulares, tornou-se uma necessidade para a maior parte das instituições de ensino.
Entretanto, isto ainda é visto de forma muito diferente pelos diversos agentes da escola. Os gestores os veem com simpatia, visto que equivalem a uma espécie de auditoria de práticas internas. As famílias veem com certa indiferença, a menos que sejam informadas de como essas práticas podem contribuir para o desenvolvimento do educando. Os professores tendem a desconfiar de que eventualmente critérios mal estabelecidos possam indicar uma avaliação injusta de seu trabalho. Afinal, a formalização da avaliação do desempenho profissional ainda é um mito na setor educacional.
O formato de aplicação destas avaliações também é um ponto bastante importante na decisão da adoção por parte das escolas.  Uma vez que os exames oficiais são realizados em documentos físicos, muitas instituições preferem que as simulações se aproximem deste formato, e se apresentem por meio de documentos em PDF ou impressas. Além disso, a versão digital, com adoção de logins e a necessidade de conexão à internet, pode trazer algumas limitações para o processo, especialmente no setor público.
No entanto, o recurso digital online traz inúmeros benefícios, especialmente na agilidade da apresentação dos resultados e na diversidade das análises individuais e do grupo . Chama a atenção o trabalho realizado por empresas, que adotam em suas análises a TRI (Teoria de Resposta ao Item) nos moldes do Enem, podendo balizar o desempenho das escolas em relação ao exame nacional, algo que dificilmente elas conseguiriam desenvolver autonomamente.
Essa análise, feita por meio de uma plataforma adaptativa, permite a elaboração de relatórios que contemplam, além do desempenho individual do alunado, o perfil médio das séries que podem ser comparados com o de outras escolas em cada componente curricular e nas diversas habilidades e competências. Esses dados possibilitam aos alunos a elaboração de um plano de estudo individualizado.
Enfim, todos esses insumos são fundamentais para a gestão pedagógica das escolas, que podem, e devem, promover continuamente ajustes no rumo de seus cursos. E, espera-se, amadureçam sua visão sobre avaliação.
Texto elaborado por Alexandre Abbatepaulo, Diretor Geral, e Caio Tieppo, coordenador do Ensino Médio, da Escola Lourenço Castanho




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