Educação digital começa em casa

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Formar cidadãos e cidadãs digitais não é tarefa apenas da escola, mas também é responsabilidade da família. Aqui você encontra alguma orientações para lidar com esse desafio. 

Você sabe o que é educação digital? A primeira coisa que vem à mente: aprender a usar computadores, laptops, tablets e smartphones.  É verdade que as crianças aprendem desde cedo a manusear vários dispositivos eletrônicos. Mas não se pode partir do pressuposto que essa facilidade que as novas gerações têm com as tecnologias (diferente da maioria dos pais e das mães, que não viveram isso) signifique destreza e domínio de tudo. 

Se os familiares ainda estão conhecendo os recursos tecnológicos, tendo como suporte a experiência de vida, os(as) jovens de hoje mergulham no universo digital sem o pensamento crítico para saber quais são os limites. E é aí que entra o papel da educação digital: ensinar como utilizar a tecnologia, e em especial a internet, de forma consciente dos riscos e desafios e também das oportunidades que esse mundo dispõe.

Como seu filho e sua filha usam a internet? Eles já sofreram ou praticaram cyberbullying? Disseminaram fake news achando que eram verdades? Usam ferramentas tecnológicas de forma ética? Pais, mães e responsáveis devem estimular o desenvolvimento consciente das crianças e dos(as) adolescentes, conversando sempre sobre quais são os comportamento mais adequados no mundo virtual. A educação digital deve começar em casa e exige diálogo constante. Quer saber por onde começar? Aqui nós damos as principais dicas para enfrentar esse grande desafio.  

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Comportamento no ambiente digital: o que fazer ou não? 


O primeiro passo é conversar com seu filho ou sua filha sobre como está utilizando a internet. Como é o comportamento dele ou dela nas redes sociais? Aqui vão algumas sugestões de perguntas para começar esse diálogo:

  • Você sabe o que acontece com um comentário depois de postado? 
  • Com quais grupos está dividindo imagens pessoais? 
  • Já ouviu falar de cyberbullying? E o que fazer caso presencie ou seja vítima?

Outro ponto importante é tomar cuidado com dados pessoais. Explique os perigos em publicar muitas fotos, dar detalhes de locais que costuma frequentar e outras informações íntimas. As redes não precisam virar um diário de bordo. Ao se expor demais, além de comprometer a própria imagem, pode facilitar a ação de usuários com má intenção. O bom senso deve ser usado acima de tudo. 

Longe do cyberbullying e de mensagens de ódio

Mais um cuidado importante: ter consciência do que escrever e curtir nas redes sociais. Sabia que há centenas de dados sobre você, seu filho e sua filha, que ficam registrados a cada passo (ou clique) que é dado online? São as chamadas pegadas digitais. Elas influenciam na forma como cada pessoa é vista na internet e como a reputação on-line é construída diariamente por meio desses rastros digitais que deixamos e que devem ser monitorados por cada um(a). Futuramente, podem influenciar também em um emprego, relacionamento ou vaga acadêmica.

Como ter uma pegada digital positiva e agir de forma ética e respeitosa? 

Oriente seu filho ou sua filha a não curtir mensagens negativas e de ódio. Infelizmente as redes estão repletas de inúmeros posts defensores de práticas preconceituosas e cheias de intolerância. E ainda tem o cyberbullying: em que a criança ou o(a) adolescente sofre intimidação, humilhação, exposição vexatória, perseguição, calúnia e difamação nos ambientes virtuais. Mostre ao seu filho ou à sua filha que o meio digital é composto de pessoas que possuem sentimentos e que a gentileza deve se estender para além do mundo físico. Estimule a empatia e o respeito.

Cuidado com as fake news

Já estão por aí notícias falsas sobre vacinas, campanhas eleitorais e tantos outros assuntos em alta. Seu filho ou sua filha sabe reconhecer quando está diante de uma fake news? Como descobrir se a notícia é confiável ou não? 

Para reconhecer uma fake news, é importante que crianças e adolescentes aprendam a construir o pensamento crítico para que saibam absorver a infinidade de conteúdos disponíveis na rede e não se deixem enganar por qualquer notícia ou dado publicado. Quando ligar o alerta vermelho? Geralmente as fake news aparecem como mensagens reiteradas com letras maiúsculas, erros de ortografia, pedidos de “repasse para o maior número de pessoas” e frases apelativas como “vejam esse vídeo antes que tirem do ar”. 

A dica é verificar se a notícia saiu em algum jornal, revista ou site. Mesmo assim, tem que tomar cuidado, pois a mensagem falsa nem sempre é 100% mentirosa.  Às vezes é só um trecho utilizado fora de contexto ou uma reportagem muita antiga compartilhada como nova. Claudio Sassaki, CEO da Geekie dá uma dica valiosa para ensinar aos pequenos e aos(às) jovens: “Tenha o pensamento crítico sobre a informação, analise, reflita sobre a veracidade dela. E se tiver dúvida, não compartilhe”.

Usar a internet de forma positiva  

A internet não tem apenas riscos e desafios, mas também boas oportunidades. O segredo é saber usá-la de forma positiva. Por isso procure estimular seu filho ou sua filha a tratar a todos e todas com respeito, civilidade, cordialidade, ética empatia, solidariedade e espírito colaborativo. Saiba que é possível mergulhar e explorar um universo gigante de conhecimentos e informações no mundo virtual, basta procurá-los em fontes confiáveis. A orientação da família é fundamental para que o caminho trilhado seja sempre positivo. 

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