Boas práticas para otimizar o tempo em sala de aula

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Você tem às vezes a impressão de precisaria de um ano letivo e meio para dar conta de todo o conteúdo do planejamento pedagógico da sua escola? Seus professores reclamam que a aula passa voando e, quando eles se dão conta, o sinal já tocou e os alunos estão de mochila arrumada, prontos para ir embora? Se você respondeu um sonoro sim a essas perguntas, está na hora de adotar novas práticas para otimizar o tempo na escola e tornar as aulas mais produtivas.
Antes de mais nada, uma boa notícia: você não está sozinho. A corrida contra o relógio tira o sono da maioria dos professores e gestores, especialmente porque o currículo não para de crescer. No ensino médio, por exemplo, os estudantes brasileiros têm 14 disciplinas, número considerado exagerado por especialistas.
Mas há espaço – bastante espaço – para melhorar as práticas nas salas de aula. Em 2013, um estudo realizado pela Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro e o Banco Mundial identificou que 30% do tempo que deveria ser dedicado ao ensino é desperdiçado em atividades como chamada, arrumação da sala de aula e apagar o quadro negro. Nos países desenvolvidos esse índice gira em torno de 15%.
Dados como esse mostram que o controle do relógio na escola pode parecer uma tarefa difícil e complicada, mas as soluções são simples!  Quer saber como fazer isso? Então confira abaixo as nossas dicas!

Chamada automática

“Alberto Ricardo Camargo da Silva Nunes…” “Presente, professora!” “Alfredo José de Souza Santos Filho…” “Aqui, presente!” “Andrea Regina de Souza Gouvêa de Oliveira…?? Andrea Regina de Souza Gouvêa de Oliveira!” “Desculpe, professora, estava pegando o caderno e me distraí. Presente!” E assim vai, até o pobre William Eduardo Fagundes Mendes da Silva, o último nome da lista de presença entre os 45 alunos da classe, que aproveita para tirar um cochilo enquanto não chega sua vez de berrar “Presente!”
Será que é preciso passar por essa rotina enfadonha, consumidora voraz do precioso tempo pedagógico, toda vez que uma aula começa? Certamente que não! Soluções tecnológicas simples podem substituir essa cantilena por um simples “Bom dia, classe. Hoje vamos tratar de equações do 1.º grau. Notebooks a postos?”
Um recurso bem eficiente é o monitoramento de presença baseado no tablet. O professor só precisa entrar no ambiente virtual e ativar a opção chamada. À medida que os alunos fazem o login, o sistema registra sua presença.
Outra solução engenhosa, apesar de restrita aos smartphones da Apple, é o aplicativo gratuito BeHere. O professor só precisa ter o app instalado em um iPad: usando o Bluetooth, o BeHere vai registrar automaticamente a presença de todos os alunos que estiverem com um smartphone na sala.
Um benefício adicional dos registros informatizados é eliminar a penosa tarefa de contabilizar as faltas registradas nos livros de chamada e dar baixa dos dados nos prontuários dos alunos. Softwares como o desenvolvido pela startup de gestão educacional W/Pensar agrupam em tempo real os dados de presença aos prontuários, poupando esforço braçal da equipe administrativa da escola e muito, muito espaço antes reservado ao armazenamento de papel.
A solução da W/Pensar tem outra utilidade na questão da frequência escolar. O software registra quando o aluno passa pela portaria do colégio e dispara SMS para gestores e pais. Ou seja, cabular aula é coisa do século passado.

Por que escrever tudo na lousa? Por que copiar tudo da lousa?!  

O fenômeno não é exclusivamente brasileiro. No exato momento em que você está lendo este texto, professores e alunos se entregam a um curioso exercício de desperdício de tempo em alguma sala de aula do mundo. Enquanto fala, o professor repete o discurso, palavra por palavra, na lousa. E os estudantes, disciplinados, correm para copiar no caderno, palavra por palavra, o conteúdo da lousa antes que o professor a apague – e comece todo o processo de novo.
Vamos fazer uma pausa aqui e pensar um pouco. E se o professor já passasse a íntegra do texto para cada estudante antes do início da aula? Sem a preocupação de escrever na lousa a mesma aula dada para várias turmas há anos, ele poderia reservar parte do tempo para responder a dúvidas dos alunos – dúvidas que certamente surgiriam, já que os alunos estariam mais preocupados em entender o conteúdo do que em copiá-lo.
Isso pode ser feito com o recurso de uma simples máquina xerox. Mas fica melhor com tecnologias mais avançadas. Um recurso como o Google Docs é feito para isso mesmo, para compartilhar material – textos, slides, fotos, vídeos, o que você quiser.
Aliás, tudo isso ficaria ainda melhor se o professor distribuísse o material pedagógico para que os alunos o lessem antes da aula. Sim, a aula, essa oportunidade de ouro que junta no mesmo espaço mestres e aprendizes, ficaria reservada ao nobre propósito da discussão mais aprofundada dos conteúdos. Esse é o princípio da sala de aula invertida, modelo criado nos cursos de MBA para que os alunos extraiam o máximo da interação com professores e colegas.

Aposte na interação extraclasse e em plataformas de aprendizagem adaptativa

Aprofundando um pouco o que discutimos no item anterior: muitos assuntos são demasiadamente complexos para serem discutidos apenas no contexto das quatro paredes da sala de aula. É por isso que vale a pena investir em interações extraclasse, como chats para o esclarecimento de dúvidas, grupos de estudo online, postagens nas redes sociais, sugestões de vídeos e materiais complementares.
Uma ferramenta que pode fazer toda a diferença nesse contexto são as plataformas online de aprendizagem adaptativa, como o Geekie Lab. Nela o estudante pode rever, em mais de 600 videoaulas e outros conteúdos, o que o professor ensinou em sala de aula. Mais do que isso, a plataforma usa inteligência artificial para “entender” em qual nível o aluno está e criar planos de estudo que permitem trabalhar seus pontos fracos. É um aliado hi tech para identificar e sanar deficiências e desenvolver a autonomia do estudante.
A plataforma tem um benefício extra. Se recomendar aos alunos, como lição de casa, que assistam a determinadas aulas e respondam aos exercícios, o professor vai se poupar do trabalho de corrigir pilhas de trabalhos – aquelas que ele leva para casa no fim de semana sabendo de antemão que eliminarão qualquer possibilidade de ter um momento de lazer em família. De quebra, a plataforma vai armazenar os dados da performance de cada estudante nos exercícios, o que vai ajudá-la a desenvolver planos de estudo ainda mais personalizados.

Planejamento de aula

Uma das melhores maneiras de aproveitar ao máximo o tempo de aula é planejar o que será feito no dia. Mais do que cronogramas superficiais e genéricos, é importante que o educador programe em detalhe as aulas, relacionando as atividades, objetivos e até mesmo os equipamentos que serão usados – para não ter, por exemplo, de interromper uma exposição para buscar o projetor.
Essa programação detalhada também implica definir o tempo que será gasto em cada atividade. A aula ideal é a que termina alguns minutos antes de o sinal tocar, a tempo de responder a alguma dúvida dos alunos ou orientar a classe a ler material adicional sobre o conteúdo tratado.

Use a ementa escolar para colocar todos na mesma página

Não trabalhe de maneira aleatória. Respeite o conteúdo programático da escola e conheça previamente a sequência dos assuntos a serem trabalhados em cada bimestre ou trimestre. Aproveite para interagir e trocar materiais com professores da mesma disciplina e, até mesmo, planejar trabalhos multi e interdisciplinares.
É importante que o professor entenda no início do ano como assuntos e temas estão encadeados até o fim do segundo semestre letivo. Para que isso ocorra, o corpo docente e a gestão da escola devem trabalhar em conjunto, mantendo um bom nível de comunicação para realizar os necessários ajustes pontuais.

Coloque as dicas em prática!

Novos hábitos diários podem causar um rendimento maior do professor e dos alunos. Aproveite o tempo que resta do ano letivo e coloque essas dicas em prática. Com absoluta certeza melhores resultados surgirão! Agora queremos saber a sua opinião sobre essas dicas e como pretende adaptá-las à rotina da sua escola. Caso ainda haja alguma dúvida, deixe o seu comentário e participe desta conversa!
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