Professor de escola pública busca parcerias para que alunos possam estudar online

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Na escola pública em que Walter trabalha, nenhum computador funciona. Ele foi atrás de alternativas para prepará-los para o Enem.

Escola pública nem sempre é vista como sinônimo de educação de qualidade – mas não por falta de educadores engajados. Novas metodologias, a inserção de tecnologia educacional e a organização de espaços que estimulem a aprendizagem frequentemente esbarram em limitações, como a falta de recursos ou infraestrutura. Essa é a rotina do professor Walter Alencar de Sousa, do Centro de Ensino Josélia Almeida Ramos em São João dos Patos, Maranhão. Walter ensina física e química para alunos do Ensino Médio.

Tecnologia na escola pública

“Nossa escola tem 25 computadores, mas nenhum deles funciona”, conta. Apesar disso, o professor sempre se interessou pela área de tecnologia e gosta de acompanhar páginas relacionadas à educação inovadora nas redes sociais. Sempre que pode, aplica os aprendizados às suas aulas. No início deste ano, seguindo as notícias da Geekie e do Ministério da Educação (MEC), Walter ficou sabendo do portal Hora do Enem e resolveu apresentá-lo à turma.

O primeiro passo foi ele mesmo se cadastrar na plataforma de estudos online para descobrir como funcionava. “Também instalei o aplicativo no celular para explicar o acesso aos alunos. Afinal, eles não estão acostumados a usar tecnologia de forma educativa”. Walter os incentivou a assistir às videoaulas do Mecflix e da TV Escola, realizar exercícios através do Geekie Games e participar do primeiro simulado, que aconteceu no dia 30 de abril.

Confira: 5 dicas para engajar seus alunos no Hora do Enem

Para os concluintes da escola pública Josélia Almeida, estudar pelo celular foi a única opção: “Mais de 80% dos meus alunos não têm condições financeiras de pagar cursinhos, mas estão sendo muito bem orientados pela plataforma. É o único reforço que eles recebem para o Enem”, explicou o professor. Entretanto, Walter acredita que ter computadores na escola pública facilitaria o acesso e traria constância aos estudos desses jovens.

Com isso em mente, a equipe do colégio foi atrás de apoio do Núcleo de Tecnologia Educacional da região e conseguiu que computadores ficassem disponíveis para os alunos durante todo o sábado do primeiro simulado, entre às 8h e às 18h. Mais de 600 alunos das 6 turmas de 3º ano da escola Josélia Almeida puderam realizar o exame online. A parceira se repetirá na aplicação da próxima prova, que acontece no dia 25 de junho!

Confira: como foi o primeiro simulado do Hora do Enem

Outra escola pública, a EE Antônio Epaminondas, em Cuiabá, Mato Grosso, também está incentivando alunos do Ensino Médio a utilizar o portal de estudos – e com bons resultados. O aluno Rafael Saad Freitas Sampaio Rosso, do 2º ano, realizou o simulado em abril e conquistou uma nota acima da média geral do Enem 2015. O professor de Rafael elogiou a dedicação e disciplina do jovem em seu próprio site de notícias (leia o texto na íntegra aqui).

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