3 linguagens digitais para alunos conectados

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Seus alunos passam o dia inteiro conectados. Não largam os tablets e celulares de jeito nenhum. Aprendem a navegar por telas antes de escrever ou somar. Certo? Esses comportamentos não podem ser ignorados pela escola. Sim, provavelmente, você já ouviu muito sobre como os professores devem se aproximar da tecnologia digital para acompanhar as exigências da nova geração. Contudo, incluir ferramentas online em sala de aula tem um propósito maior: para muitos pesquisadores, o ambiente digital está realmente transformando a forma de pensar, aprender e interagir das pessoas. Ensinar com tecnologia, portanto, faz parte de um movimento muito maior, como falar o idioma nativo dos alunos.

Hoje, além da alfabetização, fala-se em multiletramento. Isso implica que entender informações em mídias diferentes (como redes sociais, vídeos, mapas digitais ou gráficos, só para citar alguns) exige dos alunos uma habilidade de leitura também diferente. A sala de aula precisa incluir esses espaços virtuais assim como, antes, precisava ensinar a usar o dicionário.

Foi por isso que a Geekie selecionou três ferramentas digitais que trazem diferentes linguagens para alunos e professores – e quais as vantagens de cada uma delas. Confira:

Para engajar alunos: Histórias em quadrinhos

Os quadrinhos são uma linguagem jovem e familiar. Criar histórias online aumenta o engajamento dessa geração conectada.

Você deve ter memórias da infância que incluem gibis da Turma da Mônica ou de super-heróis, certo? Até hoje, as histórias em quadrinhos iniciam crianças na leitura e continuam populares por grande parte da pré-adolescência e adolescência. Levar para a sala de aula um formato que é familiar e considerado divertido aumenta o engajamento da turma; além disso, a representação visual das ideias pode beneficiar muito aqueles alunos com dificuldade em realizar leituras mais complexas.

Para criar tirinhas online (evitando desculpas do tipo “mas eu não sou criativo, não sei desenhar”), o site Make Beliefs Comix oferece um banco de desenhos prontos. Ele é considerado o site de quadrinhos mais fácil de ser usado por alunos mais novos. Outra vantagem é que a ferramenta foi desenvolvida para professores e oferece até mesmo a possibilidade de criar planos de aula. Contra: o site está em inglês (mas as tirinhas dos alunos podem ser escritas em qualquer idioma, é claro).

Para organizar informações: Infográficos

Ao invés de textos longos, infográficos podem exibir muita informação de maneira atraente e interativa, mais próxima dos alunos.

Nada melhor para organizar um grande volume de informações do que um infográfico. Desenhos, gráficos e organogramas são alternativas a textos longos, carregando características marcantes para essa geração: são estimulantes, imagéticas e interativas (você pode acrescentar links para sites externos ou vídeos sobre o tema). Se alunos já aprendem a interpretar gráficos nas aulas de matemática, saber ler infográficos é fundamental. Afinal, eles são um meio de comunicação popular na internet, usado desde por revistas e jornais até por empresas.

Uma das plataformas mais simples para a criação de infográficos é o Piktochart, que conta com modelos gratuitos de infográficos, pôsteres e apresentações – basta escolher um e alterar cores, texto ou ícones para que se adequem ao conteúdo estudado em sala. Infelizmente, o número de templates gratuitos é limitado; é preciso ser assinante para fazer uso de todo o acervo.

Para solucionar problemas: Mapas mentais

Com post-its ou ferramentas digitais, o propósito do mapa mental é conectar ideias. Nesse caso, o site oferece funcionalidades exclusivas para alunos ou professores.

A técnica usada em empresas jovens e startups (e também nesta escola inovadora) pode ser ideal para organizar e relacionar fatos, desenvolver a criatividade e memorizar conteúdos. O mapa mental pode ser individual, mas sua abordagem é melhor aproveitada em grupos. Ela consiste em criar um ambiente em que os alunos possam conectar suas ideias a partir de um tema ou palavra-chave usando setas e ramificações. Outra possibilidade é usar mapas mentais para gerar brainstorms: a partir de um problema lançado, os alunos vão acrescentando ideias, dúvidas e sugestões até encontrar uma solução em conjunto. Nessa proposta, não vale qualquer julgamento; o objetivo é justamente gerar o máximo de impressões possíveis, sejam elas boas ou ruins. Depois, o grupo pode analisar os resultados, excluir o que não é relevante e amarrar o que faz sentido.

Mapas mentais podem ser feitos com post-its, canetas coloridas ou um quadro negro; porém, se a ideia é interagir com pessoas em lugares diferentes (ou permitir que os alunos trabalhem em casa), uma ferramenta digital vem bem a calhar. O GoConqr é uma opção gratuita voltada para a educação, com funcionalidades específicas para professores, estudantes e por nível de ensino.

Educador, você já colocou alguma dessas ferramentas em prática com sua turma? Ou descobriu outras, que não estavam no texto, e gostaria de dividir a experiência com professores de todo o Brasil? Conte sua história nos comentários ou mande-a para nós pelo email marcela.lorenzoni@geekie.com.br.

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