“É preciso uma aldeia para se educar uma criança”

Colunas
educação interdisciplinar

Rita André, assessora pedagógica da Geekie, defende uma educação interdisciplinar, focada em problemáticas reais, que possam estimular o aluno ao conhecimento afetivo, para desenvolver valores, atitudes e responsabilidades em comunidade. Leia o artigo:

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“É preciso uma aldeia para se educar uma criança”. Partindo deste provérbio africano, nenhuma pessoa aprende e se desenvolve somente a partir dos valores da sua família nuclear, mas também em acordo com toda a comunidade em que vive e se relaciona. É preciso educar na sua totalidade, com valores, atitudes e responsabilidades.

Educar implica em preparar as crianças e adolescentes A PARTIR da vida e PARA A vida e a escola adquire o papel e a dimensão de formar pessoas resilientes, socialmente empreendedoras e criativas, capazes de transformar as situações adversas em oportunidades para o bem estar local e universal.

A escola precisa ser uma organização colaborativa e necessita desenvolver a sua atividade pedagógica com base em problemáticas reais, que priorizem o desenvolvimento de uma consciência de harmonização pessoal, social e planetária.

A aprendizagem só ocorre, de fato, a partir de um conhecimento conectado com a realidade contemporânea, que nos toca em relação ao outro, principalmente daqueles que são diferentes de nós. Essa forma de realidade proporciona o deslocamento do olhar individualista para a uma dimensão social do saber.

O entendimento e ampliação da visão de mundo e do papel que cada um exerce na sua (re)significação ocorre quando a gente toma pra si o compromisso de colaborar para que cada criança e cada adolescente cresça bem, com a autoestima elevada, em segurança física epsicológica, sem se importar com as barreiras de parentesco que às vezes nos intimida e limita as nossas ações.

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É PRECISO ESTIMULAR O CONHECIMENTO AFETIVO POR MEIO DE UM OLHAR INTERDISCIPLINAR  

A contemporaneidade demanda dos estudantes o desenvolvimento de competências como criatividade, cooperação, empatia, criticidade, ser capaz de lidar com as emoções, tomadas de decisão, resolução de problemas, entre outras competências para melhorar e explorar as oportunidades que o mundo oferece.

Afetar-se pelo mundo é complexo, só um olhar interdisciplinar permite acessar o conhecimento afetivo que nos move, arrasta, empurra e coloca a escola em um lugar privilegiado de formação da delicadeza, da alegria, das competências e habilidades cognitivas e socioemocionais.

O conhecimento escolar tem características especiais que as distinguem do conhecimento geral, ou seja, tem a função de interpretar a vida e nos fazer participar dela ativamente.

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*Rita André é doutoranda e mestre em Educação e Currículo (PUC-SP) e pós-graduada em Psicopedagogia e Supervisão e Direção Escolar (PUC-SP). Também possui graduação em Pedagogia e Serviço Social (PUC-SP), entre outras especializações. Rita tem experiência em direção e coordenação pedagógica de escolas públicas e particulares e já foi palestrante convidada em congressos internacionais. Hoje, atua no suporte teórico pedagógico como Assessora Pedagógica para o projeto SESI e para escolas privadas parceiras em todo Brasil.

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