Desenvolvedor da Geekie é premiado em Hackday da Fundação Lemann

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Programadores e desenvolvedores encararam uma maratona no sábado (21/3) para criar novas formas de análise e visualização de dados de plataformas educacionais na Fundação Lemann (www.fundacaolemann.org.br), em Pinheiros, zona oeste de São Paulo. O 1.º Hackday de Dados de Tecnologia na Educação teve como vencedor o grupo do qual fazia parte o analista desenvolvedor da Geekie Rodolfo Stangherlin.

O investimento em tecnologia para aperfeiçoar a educação tem gerado uma quantidade considerável de dados, nem sempre usados adequadamente na tomada de decisões. O objetivo do Hackday foi criar ambientes amigáveis tanto para o acompanhamento de informações produzidas por soluções tecnológicas de educação quanto para seu uso por tomadores de decisão.
A Lemann liberou para o Hackday dados de duas plataformas apoiadas por ela: a Khan Academy, trazida ao País pela fundação, e a Gatopolis, dedicada à alfabetização. No caso da Gatopolis, o objetivo era descobrir o que leva a uma alfabetização mais rápida. Uma das ações sugeridas foi montar uma tela para o professor com os nomes de alunos que estudaram menos de três vezes por semana na plataforma, seus contatos e dos pais, para tentar convencê-los a aumentar o tempo de uso.
No caso da Khan Academy, uma das linhas de ação propostas pela fundação era desenvolver um quadro com informações referentes a professores (número de turmas e de estudantes que usam a plataforma) e alunos (habilidades dominadas, pontos, tempo de uso etc). Outra era gerar alertas quando houver alterações bruscas no padrão de utilização da plataforma, como queda acentuada do tempo de estudo de uma turma inteira ou manutenção do tempo aliada à queda no domínio de habilidades.
O Hackday durou das 8h30 às 21h30 de sábado. As oito equipes de três programadores e desenvolvedores participantes tiveram das 9h30 às 19h15 para criar os projetos. Depois os trabalhos foram apresentados e julgados por uma banca de 15 pessoas, da qual faziam parte a gerente de Inovação da Lemann, Flavia Goulart, os analistas de sistemas da fundação Tiago Maluta e Rafael Pontuschka, que organizaram o evento, e Mauricio Barrera, integrante do time de Produto da Geekie.
“Foi um dia bem empolgante! O Hackday trouxe desafios reais para os participantes, problemas que a fundação procura solucionar no seu dia a dia com relação à extração, armazenamento e visualização de dados educacionais”, disse Pontuschka. “Não foi nada fácil para eles, ainda mais por terem só um dia para desenvolver uma solução. No final ficamos contentes com tanto aprendizado. É interessante ver como é produtivo juntar tanta gente criativa e capaz! A programação abre muitas possibilidades. Que venha o próximo!”
“A maioria dos projetos se propôs a usar ferramentas prontas para análise de dados, que são de aplicação complexa para leigos”, disse Barrera. “Mesmo que a maioria dos times não tenha conseguido colocar os programas para rodar, vários deles reuniram dados ótimos sobre a evolução do uso das plataformas.”
Independentemente da vitória, Rodolfo gostou da experiência do Hackday. “Foi bem legal, pela dinâmica do evento”, disse. “Não conhecia os integrantes do meu time, eram pessoas com visões diferentes de trabalho, mas precisamos nos entrosar logo para construir alguma coisa.”
O time de Rodolfo, que é desenvolvedor back-end, mais dedicado à programação, tinha também a designer Luciana Heuko e Simon Fan, desenvolvedor front-end, responsável pela interface com o usuário. “Como tínhamos pouco tempo, cada um teve de entrar na área do outro”, diz Rodolfo. “Com isso todos nós aprendemos alguma coisa. Vi que a biblioteca usada pelo Simon, por exemplo, daria para a gente ter desenvolvido um aplicativo para mobile.”
O projeto do time de Rodolfo foi concebido para a Khan Academy e utilizou dados de duas variáveis, tempo de uso da plataforma e pontos acumulados pelos alunos quando dominam conteúdos. Quanto à primeira variável, a equipe tentou identificar as escolas com maior redução no tempo de navegação. “Isso tanto pode significar que elas pararam de usar a Khan Academy quanto ter enfrentado problemas no link ou nos computadores, informações que às vezes demoram a chegar à central”, diz Rodolfo.
Quando montou gráficos cruzando dados do tempo de uso com o de pontos, o time percebeu que as correlações não são tão simples quanto se pode imaginar. “Havia escolas com queda no tempo de uso que não tiveram redução na compreensão dos conteúdos e vice-versa”, diz Rodolfo. Ele acredita que a disparidade ocorra porque em alguns colégios os estudantes usam a plataforma sem supervisão, ainda que durante mais tempo, o que acaba influenciando negativamente o aprendizado.
O analista desenvolvedor da Geekie acredita que o projeto do seu time se destacou porque trabalhou dados reais em um aplicativo que está hospedado na nuvem. “Qualquer pessoa pode ter acesso a ele e alimentá-lo com mais dados.” Rodolfo diz que pretende comprar livros com sua parte nos R$ 3 mil reais que o time ganhou. “Mas, se disser que vou fazer só isso, estarei mentindo”, brinca. “Vou me divertir também.”

Fotos Luciana Keiko





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