5 mitos sobre o uso de tecnologia na educação

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Novas tecnologias são cada vez mais eficientes e baratas; logo, é natural que o universo virtual entre também nas escolas para modificar a rotina. Crianças e jovens (os “nativos digitais”, que já nasceram em contato com a tecnologia) navegam com facilidade, as possibilidades de personalização do ensino crescem e até mesmo a carga de trabalho do educador pode ser reduzida – essas vantagens, porém, não são alcançadas simplesmente instalando um computador ao lado do tão tradicional quadro negro. Esse é apenas um dos mitos acerca da tecnologia na educação que precisa ser repensado para que ela de fato melhore os resultados dos alunos. Fizemos uma lista com os mais frequentes, confira:

1. A tecnologia vai resolver todos os problemas da escola

Mito. Assim como qualquer ferramenta, do caderno à televisão, as tecnologias digitais podem ser usadas para o bem ou para o mal. Ou ainda, podem ser usadas com intencionalidade, planejamento e acompanhamento ou apenas como distração para “quem já terminou a tarefa”.

Para que a tecnologia tenha efeito no aprendizado, é preciso planejar o número de alunos por equipamento, de acordo com o projeto; entender como as atividades virtuais serão combinadas a outras, realizadas presencialmente; e ainda encontrar softwares que vão ao encontro do  currículo e metodologia da escola. E, mesmo com tudo isso, não há passe de mágica que vá fazer desaparecer todos os problemas da rotina escolar. Os desafios da educação passam por formação, estrutura, políticas públicas e toda uma série de fatores que precisam ser trabalhados paralelamente.

2. A tecnologia vai substituir o professor

Mito. Pensar na sala de aula moderna como uma guerra entre professor e tecnologia (quantas vezes você pede para que seus alunos guardem os celulares durante o dia?) só torna os educadores mais resistentes à inovação. Pergunte-se: qual conteúdo sua turma está acessando através dos aparelhos eletrônicos? Por que ele é interessante? Provavelmente, porque permite interação, resposta imediata, leitura através de hiperlinks – um texto que leva a um vídeo que leva a um fórum… E assim por diante. Como o currículo escolar pode se assemelhar a isso?

É preciso entender que a informação já está disponível – basta jogar algumas palavras-chave no Google para receber uma enxurrada de respostas. Porém, a maioria dos jovens não aprende a ler e interpretar, selecionar e criar a partir desses conteúdos. É aí que está o papel principal do professor: não fornecer informação, mas orientar os alunos, coletiva e individualmente, para que construam o próprio aprendizado. Além disso, sempre caberá ao educador avaliar quando e por que os recursos tecnológicos são necessários e como eles dialogam com a realidade de sua turma.

3. A tecnologia aumenta o trabalho do professor

Mito. No início, é verdade, usar tecnologia educacional vai exigir capacitação profissional – a maioria dos professores brasileiros afirma que apenas a universidade não os prepara para a sala de aula conectada. Após o período de aprendizado, contudo, a tecnologia serve justamente para facilitar a rotina escolar.

Um exemplo de sucesso é a ferramenta Tarefa de Casa, do Geekie Lab, pela qual professores podem criar, agendar e receber os deveres de casa dos alunos. Eles não só acompanham as entregas em tempo real como têm acesso a estatísticas de engajamento, taxa de acertos e quais os erros mais frequentes via gráficos simples. Como resultado, 89% dos professores afirmaram que a Tarefa de Casa é útil em seu trabalho!

4. Professores mais velhos não conseguem se adaptar à tecnologia

Com certeza, um mito. Uma pesquisa americana realizada pela The Richard W. Riley College of Education and Leadership, da Walden University, mostrou que, apesar de professores jovens usarem mais tecnologias digitais em suas vidas pessoais, a idade não influencia em seu uso na sala de aula. Basta se inspirar na história de Valyncia O. Hawkins, que implantou o Ensino Híbrido após 20 anos de experiência na mesma escola.

O desafio – enfrentado tanto por educadores jovens quanto os mais experientes – é a falta de capacitação dos profissionais. Não é suficiente simplesmente mostrar como um equipamento funciona; em vez disso, o treinamento deve incluir reflexão sobre as possibilidades da tecnologia na educação, como encontrar e criar material e como abordá-los com a turma de maneira construtiva.

5. A tecnologia torna os alunos preguiçosos ou distraídos

Mito – e dos grandes! O que distrai os estudantes é ser obrigado a realizar exercícios fáceis demais ou complexos demais; ou seja, que não estejam de acordo com seu ritmo de aprendizado. Esse problema pode ser resolvido com plataformas de ensino adaptativo, como a Geekie, que elaboram um plano de estudos personalizado de acordo com as dificuldades de cada aluno. Assim, eles recebem atividades específicas que os desafiam, sim, mas dentro de suas capacidades.

Outro caso de sucesso? Uma escola nos Estados Unidos resolveu substituir as aulas tradicionais de matemática por um sistema adaptativo que incluía playlists (listas de música, populares entre os jovens). Com a mudança, o índice de aproveitamento da turma foi de 24% para 96%! Dominar a ferramenta proposta pelo professor, portanto, serve como incentivo. Até os alunos mais inseguros se sentem confortáveis e podem assumir a tarefa de ensinar os colegas, criando um ambiente mais participativo.

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